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Controle Biológico

Acabe com a cigarrinha-do-milho usando Bovéria-Turbo

O uso do Bovéria-Turbo no manejo da cigarrinha do milho traz uma excelente ação de controle da praga, reduzindo a transmissão do complexo de enfezamento do milho e ação prolongada com efeito residual

Ensaio de cigarrinha consultoria Agrobelts feitas pela Mirian Rabelo em Uberlandia/MG                                                                                                        

Nas últimas safras de milho foi possível observar um aumento progressivo no nível de infestação de uma importante praga vetora de microrganismos causadores das doenças do complexo de enfezamento e virose (enfezamento-pálido, enfezamento-vermelho e virose-da-risca) na cultura, a cigarrinha do milho (Dalbulus maidis).

As perdas ocasionadas pelas doenças do complexo de enfezamentos e virose podem ser muito altas, especialmente em lavouras cultivadas sem uma integração de estratégias que visam reduzir a população de cigarrinha do milho.

Ensaio de cigarrinha consultoria Agrobelts feitas pela Mirian Rabelo em Uberlandia/MG

Existe um estado de alerta e preocupação com o impacto que essa praga pode causar na safra deste ano, já que diversos fatores podem favorecer a presença da praga no campo como o cultivo de milho uma boa parte do ano o que gera uma ponte verde, milho tiguera que fica de uma safra para outra podendo ser uma fonte de contaminação do inseto, plantios de diferentes idades e o não uso das estratégias do manejo integrado de pragas (MIP).

O entomologista Germison Tomquelski da consultoria Desafio Agro destaca algumas estratégias de manejo da cigarrinha do milho: “ A primeira estratégia é eliminar o milho de tiguera então é muito importante essa medida nas lavouras de soja desta safra, segunda medida muito importante é a escolha de materiais com maior tolerância e por último adotar as estratégias de manejo integrado de pragas que nós podemos destacar o tratamento de sementes, que faz um bom controle na fase inicial, as pulverizações com produtos químicos e também uma medida que nos últimos anos vem ganhando espaço e para a cigarrinha-do-milho é muito interessante, o controle biológico.” O pesquisador ressalta que nos seus trabalhos nos últimos 5 anos, o controle biológico associado ao manejo químico tem resultados muito interessantes e com certeza eles têm complementariedade.

Dentro do MIP a adoção do controle biológico para o manejo de cigarrinha tem crescido ano após ano e o uso de produtos à base de fungos entomopatogênicos demonstrado alta eficiência a campo.

A pesquisadora entomologista da Fundação Chapadão Suelen Moreira ressalta que o uso do biológico no manejo da cigarrinha do milho pode ocasionar um efeito adicional de controle quando usado integrado ao químico: “A eficiência de controle de produtos químicos pode ser incrementada quando se utiliza a associação químico e biológicos. Além disso, é possivel aumentar o período entre as aplicações já que os produtos biológicos principalmente fungos entomopatogênicos podem ter uma persistência no campo, com isso o produtor ganha um de reentrada na lavoura. Por fim, também é possível reduzir o número de aplicações de inseticidas químicos em até 50% na melhor das hipóteses.”

Neste sentido, nós do Vittia, apresentamos a Bovéria-Turbo, um inseticida biológico altamente eficiente. Ele é formulado com o fungo Beauveria bassiana IBCB66 e possui alta concentração e pureza.

Quando aplicado, age sobre o inseto colonizando-o até a morte, produzindo esporos do fungo que se disseminam pela área, infectando novos insetos e, garantindo assim, residual de controle.

Cigarrinha-do-milho colonizada pela Bovéria-Turbo – Imagem por Marina Nanzer na cidade de Chapadão do Sul/MS

A Bovéria-Turbo, tem demonstrado alta eficiência com ação prolongada no campo, com grandes chances de atingir insetos migradores e novas gerações, além de não causar resistência de pragas e poder ser integrado nas aplicações com os químicos.

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Controle Biológico

Uso de produtos biológicos na agricultura moderna

Atualmente é difícil participar de algum evento, “live”, reunião, grupo de “whatsapp” com outros produtores ou mesmo uma roda de conversa com colegas agricultores onde o tema de controle biológico não seja mencionado. Assim como cansamos de ouvir em 2020 sobre o novo normal que vivemos em virtude da pandemia, o uso de produtos biológicos é o novo normal da agricultura moderna.

Embora seja tratado como um assunto novo ou como uma inovação do agronegócio, o fato é que desde que o gato percebeu que o rato era uma excelente fonte de alimento e que o ser humano notou poderia utilizar do apetite do bichano para evitar com que seus grãos fossem comidos pelo roedor, que o controle biológico surge.

Os primeiros relatos do ser humano fazendo uso dessas interações ecológicas (ex.: predação; parasitismo; competição; etc.) para controle de pragas vem da China Imperial, onde os agricultores introduziam colônias de formigas em suas lavouras para controlar pragas do citrus. 

Desde então, diversos são os relatos do uso de controle biológico na agricultura e até mesmo na medicina, como foi o caso da descoberta da penicilina em 1928, quando o distraído Alexandre Fleming, ao sair de seu laboratório para curtir um feriado, deixou uma placa de petri contendo a bactéria Staphylococcus sp. aberta e ao retornar, notou que um fungo havia crescido na mesma placa e estava produzindo uma substância que inibia o avanço desta bactéria, dando origem então ao primeiro antibiótico a ser usado pela medicina.

Dado o histórico do controle biológico, fica claro que ele não é tão novo assim, mas se já temos conhecimento dessa ferramenta desde o tempo dos imperadores chineses, por que só agora estamos falando disso?

A resposta é simples: Porque agora precisamos dessa ferramenta para produzirmos mais e melhor!

O uso de defensivos químicos sempre foi predominante em nossa agricultura, principalmente pelos aspectos práticos de produção e manejo, pois, é muito mais simples levar um inseticida contido em um frasco fechado para ser aplicado no controle de pragas, do que ter que buscar um formigueiro, correndo o risco de ser picado, as formigas escaparem, morrerem no caminho e ainda chegar no local onde será aplicado, um tamanduá comer o restante das formigas que sobreviveram ao transporte.

Desta forma, principalmente devido à facilidade de produção e manuseio, os químicos dominaram o mercado, porém, aprendemos à duras penas que o uso inadvertido e indiscriminado dos defensivos químicos acaba por gerar populações de pragas e doenças resistentes, levando as empresas de defensivos a buscarem novas moléculas que contornassem essa resistência. O fato que o aparecimento de populações resistente vem acontecendo em uma velocidade maior que o surgimento de novas moléculas.

A EMBRAPA monitora desde a safra de 2003/2004 a eficiência das principais moléculas químicas no controle da mais devastadora doença da soja no Brasil, a ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi). Neste monitoramento observaram que o controle obtido utilizando alguns fungicidas vem caindo ou apresentando eficiência inferior à 60% (figura 1). Esses resultados reforçam a necessidade de utilizarmos novas ferramentas que venham integra o manejo integrado de pragas e doenças (MIP) e não favoreçam o surgimento de organismos resistentes. Desta forma os produtos biológicos surgem como a alternativa mais óbvia e adequada para cumprir esse papel.

 

Mas uma dúvida ainda paira sobre o uso dos biológicos: E a parte operacional? Afinal, nossos antepassados tinham que ir até o topo de montanhas para trazer formigueiros inteiros para poder fazer o controle biológico. Eis que justamente nesta área que estão as maiores inovações que o mercado de controle biológico vem experimentando.

Atualmente temos muito mais conhecimento e acesso à diversos novos microrganismos que tem ação de controle sobre pragas e doenças, não ficando restrito somente àquilo que podemos criar em uma placa de petri. Também cada dia mais dominamos como cria-los e estabilizá-los em formulações que sejam tão ou mais práticas e eficientes quanto os produtos químicos.

Exemplos práticos dessas inovações são os produtos da linha Biovalens, como o Meta-Turbo SC, inseticida registrado para controle de importantes pragas de difícil controle, como o percevejo-castanho (Scaptocoris castânea), que é produzido através de fermentação liquida sendo apresentado na forma de suspensão concentrada, contendo não somente conídios do fungo, mas estrutura vegetativas e altamente infectivas, aumentando a velocidade de ação e eficiência do Meta-Turbo SC.

Outro exemplo é o Bio-Imune, primeiro fungicida biológico registrado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para controle da ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi), formulado com o isolado exclusivo de Bacillus subtilis BV02. Sua formulação líquida, além de conter alto número de bactérias na forma de endósporos (estrutura de resistência), também apresenta alta concentração de lipopeptídeos e enzimas com ação fungicida e bactericida produzidas pelo B. subtilis BV02. Esses metabólitos que estão presentes no Bio-Imune são parte do sucesso do produto para que seja eficiente no controle até das doenças mais agressivas, como é o caso da ferrugem asiática da soja.

Como podemos ver, diferentemente do novo normal que nos foi imposto pela pandemia em 2020, o novo normal da agricultura veio para ficar e cada vez mais queremos adotar em nossas lavouras. Não somente porque está na moda ou porque o vizinho está usando, mas porque funciona, são tão práticos ou mais que os defensivos químicos e precisamos deles para produzirmos mais e melhor!

 

Referência bibliográfica:

GODOY, C. V., et al. Eficiência de fungicidas para o controle da ferrugem-asiática da soja, Phakopsora pachyrhizi, na safra 2019/2020: resultados sumarizados dos ensaios cooperativos. Embrapa Soja-Circular Técnica (INFOTECA-E), 2020.

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Inoculante

A relevância do Azospirillum no sistema de produção agrícola

Viviane Costa Martins Bordignon Gerente de Produtos Inoculante – Vittia   O Azospirillum é uma bactéria de vida livre, com capacidade de se associar às plantas fixando nitrogênio da atmosfera e produzindo hormônios, como o AIA, que auxiliam no melhor desenvolvimento das plantas. Sabe-se que ele é capaz de colonizar diversas espécies de plantas, não sendo apenas gramíneas, como inicialmente foi estudado no Brasil, mas também leguminosas. As pesquisas com essa bactéria foram iniciadas em 1970 pela Dra Johanna Dobereiner em diversas gramíneas, como cana, milho, trigo, sorgo e outras. E, em paralelo, a Universidade Federal do Paraná (UFPR), representada pelo pesquisador Dr. Fábio Pedrosa, também focou suas pesquisas com Azospirillum, sendo um centro de referência desse assunto, e mais tarde tornando-se o centro de distribuição das estirpes de uso comercial no Brasil.  A partir de então, a pesquisa durou muitos anos para entender a real interação da bactéria com a planta e verificaram-se excelentes benefícios em diferentes culturas, como milho, trigo, arroz e outras.  Diante disso, o Vittia, enxergando a grande oportunidade de contribuir com mais uma tecnologia para agregar produtividade aos sistemas de produção agrícola, iniciou seu desenvolvimento de pesquisas na cultura do milho e, em seguida, obteve o registro da tecnologia Biomax Azum®.   Tecnologia Biomax Azum® é um inoculante líquido com adequada concentração da bactéria Azospirillum brasilense que garante fornecimento adicional de N às plantas, assim como promove melhor desenvolvimento e produtividade das lavouras. No campo, com o lançamento da tecnologia, foram comprovados os benefícios identificados pela pesquisa e, com isso, a adoção deste inoculante foi aumentada, inclusive se expandido para novas culturas. Mais recentemente, o Vittia obteve o registro do Biomax Azum® para o trigo. De acordo com as pesquisas desenvolvidas pela pesquisadora do IAPAR, Dra. Diva Andrade, em quatro diferentes ambientes edafoclimáticos favoráveis para o desenvolvimento dessa cultura, o Biomax Azum® é uma tecnologia viável como inoculante na cultura do trigo.  No experimento conduzido na região de Guarapuava (PR), a inoculação com Biomax Azum® resultou em um incremento de 399 kg/ha, ou 07 sc/ha em relação à testemunha, e de 243 kg/ha ou 04 sc/ha, quando comparado ao tratamento com 100% da adubação nitrogenada.  O mesmo foi observado na pesquisa realizada em área de produção de trigo em Londrina (PR). A inoculação com o Biomax Azum® proporcionou um ganho de 370 kg/ha ou 06 sc/ha em relação ao tratamento sem inoculação e sem nitrogênio mineral e de 206 kg/ha ou 03 sc/ha, comparando-o com a adubação mineral desse tão importante nutriente para as culturas. Esses trabalhos confirmam e evidenciam a essencialidade do Biomax Azum® no trigo, assim como já havia sido observado em milho. Mas, vale ressaltar que, assim como mencionado no início desse artigo, o Azospirillum é capaz de colonizar diversas espécies de plantas, não sendo apenas gramíneas, como abordamos anteriormente, mas também leguminosas.    Coinoculação Mais recentemente, com o objetivo de aumentar ainda mais a eficiência da fixação biológica de nitrogênio em leguminosas, como soja e feijão, a pesquisa oficial brasileira desenvolveu uma nova estratégia, a coinoculação.  Essa técnica consiste na associação de uma ou mais bactérias, sendo que a mais estudada e utilizada no campo é a associação das bactérias Bradyrhizobium sp ou Rhizobium sp e Azospirillum brasilense, visando maior e melhor fornecimento de nitrogênio, melhor desenvolvimento das plantas e maiores incrementos em produtividade. Os benefícios da coinoculação se dão pela capacidade do Azospirillum em produzir hormônios, como o AIA que, assim como mencionado no início, auxiliam no melhor desenvolvimento das plantas, principalmente do sistema radicular. Com isso, irá facilitar a comunicação do Bradyrhizobium sp/Rhizobium sp com a planta e garantirá a antecipação na formação de nódulos, maior número de nódulos e mais nódulos localizados na raiz principal das plantas, os quais são em torno de 25% mais eficientes que os das raízes secundárias.  Todos esses benefícios foram comprovados pela pesquisa oficial brasileira e têm sido confirmados a campo nas mais diversas condições edafoclimáticas.   Mais produtividade De acordo com os trabalhos feitos pela Embrapa nas últimas safras na cultura da soja, com a adoção da coinoculação os incrementos passam a ser de 16% em relação as plantas não inoculadas, ou seja, o dobro quando comparado a inoculação padrão, que proporciona 8% de ganhos em produtividade.  Nós, do Vittia, desenvolvemos um conjunto de trabalhos a campo desde a pesquisa até campos demonstrativos em áreas de produção comercial de soja, onde ficou evidente o que a pesquisa oficial já tinha comprovado.  Em quatro ensaios conduzidos nas 2016/17 e 2017/18, pela pesquisadora Dra Ivana Bárbaro, da APTA, considerando a média dos tratamentos com a coinoculação com Biomax Premium Líquido Soja® e Biomax Azum®, foram observados incrementos de produtividade de 715,84 kg/ha ou 11,93 sc/ha em relação à testemunha não inoculada e de 343,38 kg/ha ou 5,7 sc/ha comparando-o com a inoculação tradicional com Biomax Premium Líquido Soja®, demonstrando que o produto Biomax Azum® pode e deve ser recomendado para a coinoculação com o Biomax Premium Líquido Soja® na referida cultura.  Abaixo o resultado de uma das áreas experimentais conduzidas pela Dra Ivana Bárbaro: Assim como em soja, a Embrapa também vem desenvolvendo pesquisas com a coinoculação em feijão. Em diversos trabalhos, verificaram que em feijão produzido pela agricultura empresarial, o incremento que a coinoculação (Rhizobium + Azospirillum) proporcionou em relação ao adubo nitrogenado foi de 11% e de 26% em relação à inoculação padrão com Rhizobium. E ainda, com uma lucratividade de +90% nas pesquisas do Estado de GO e de +114% nas pesquisas do Estado de MG. Essa excelência na resposta do feijão impacta diretamente na sustentabilidade do sistema agrícola de produção, pois a partir de cálculos realizados, verificou-se que substituindo o adubo nitrogenado pela coinoculação seria possível mitigar aproximadamente 700 mil toneladas de CO2, o que é igual a 50% do que o governo objetiva na redução da emissão de gases de efeito estufa até 2020. Ou seja, uma estratégia que impacta positivamente nos diversos pilares da agricultura, não só a brasileira, mas mundial.    Sem limites O Vittia também vem realizando pesquisas com a cultura do feijão. O experimento na última safra de feijão irrigado foi conduzido pelo professor Dr. Orivaldo Arf (UNESP), que apontou que a coinoculação do Biomax Premium Feijão® com Biomax Azum® proporcionou ganhos da ordem de 915 kg/ha em relação ao controle (sem N e sem inoculante) e de 310 kg/ha, comparando-o à adubação nitrogenada comumente realizada na cultura.  Ainda, o incremento da coinoculação versus a inoculação padrão foi de 334 kg/ha. Ou seja, um resultado que evidencia o quanto a coinoculação no feijoeiro é eficiente, podendo contribuir significativamente para a máxima sustentabilidade das lavouras implantadas com essa cultura.  Todas essas claras evidências justificam o grande sucesso dessa técnica no campo em tão curto espaço de tempo. Mas, as oportunidades com essa bactéria de tão grande importância não ficam por aqui. Nesta safra, nós do Vittia estamos também investindo em pesquisas em pastagem e cana-de-açúcar, duas culturas que vêm ocupando grande parte das áreas de produção do Brasil e do mundo. Ou seja, uma bactéria que veio para reforçar que processos biológicos podem gerar ganhos expressivos na produtividade das lavouras e na lucratividade dos agricultores.
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Nutrição Vegetal

Avanços sobre o uso de magnésio na citricultura

Fonte: Informativo Centro de Citricultura, 293. Outubro 2019

 

As dificuldades fitossanitárias enfrentadas pelos citricultores nos últimos anos os forçaram a adotar novas tecnologias, as quais proporcionaram ganhos em rendimento por área. Nesse novo patamar de produtividade, o suprimento adequado de nutrientes para o pomar se torna fundamental, não apenas por favorecer o potencial produtivo das plantas, como também por influenciar na qualidade dos frutos.

No passado, em pomares de citros com produtividade média inferior a 20 toneladas por hectare, a demanda da planta por magnésio (Mg) era exclusivamente satisfeita pela calagem, praticamente não havendo necessidade de aportes extra do nutriente. No entanto, nos novos cenários da citricultura, cujos pomares são cada vez mais produtivos, a complementação do nutriente com outras fontes fertilizantes, em especial aquelas de maior solubilidade em água, se torna necessária para a manutenção da sua produtividade e qualidade.

Além dos ganhos em produtividade, outros fatores vêm intensificando a demanda de Mg pelos pomares cítricos, tais como: (i) cultivo em solos ácidos e intemperizados, nos quais os teores de Mg trocáveis são inerentemente baixos e competem com outros cátions, em especial o potássio (K); (ii) perda de qualidade de frutos, em especial aqueles destinado à indústria; (iii) aumento do uso da fertirrigação que proporciona maior percolação de cátions no perfil do solo, como cálcio (Ca) e Mg, e maior acidificação da região do bulbo úmido, o que reduz a disponibilidade de Mg; e (iv) mudanças climáticas cada vez mais frequentes e associadas à temperaturas extremas do ar, como ondas de calor, o que consequentemente aumenta a foto-oxidação das plantas.

Os sintomas de deficiência de Mg ocorrem comumente em folhas maduras e são caracterizados por clorose internerval com um aspecto de “V” invertido, que inicia nas margens das folhas e progride para o amarelecimento de todo limbo foliar (Figura 1); outros sintomas como queda prematura das folhas com sintomas e prejuízos à qualidade dos frutos também podem ser observados.

Os atuais ganhos em produtividade não têm traduzido necessariamente ganhos em qualidade da fruta, tanto para a produção de suco concentrado (FCOJ – frozen concentrated orange juice) quanto de suco não concentrado (NFC – not from concentrated). Segundo dados da CitrusBR (www.citrusbr.com) até a década passada eram necessárias, cerca de 230 caixas (40,8 kg) para se produzir uma tonelada de FCOJ (66 °Brix). No entanto, nos últimos anos esse valor subiu para algo em torno de 265 caixas/t de FCOJ. Esse menor rendimento industrial vem forçando a indústria produtora de suco a remunerar os citricultores de forma diferenciada, prática pouco comum no passado. Apesar de forma ainda tímida, hoje existem contratos nos quais são dadas bonificações em função da qualidade da fruta.

O Mg influencia o balanço de carboidratos entre a fonte e os drenos como raízes, flores e frutos (Hermanns et al., 2005). Desse modo, a concentração do nutriente na planta está diretamente relacionada com o acúmulo de açúcares no fruto. Em estudo no qual objetivou estudar fontes e doses de calcário verificou-se que o acréscimo na dose de calcário dolomítico aumentou de forma linear a disponibilidade de Mg para os citros e a concentração de sólidos solúveis (°Brix) nos frutos (Figura 2 A; Quaggio et al., 1992). Resultados semelhantes entre o teor de Mg foliar e a porcentagem de sólidos solúveis em frutos cítricos também foram observados quando se utilizou uma fonte solúvel de Mg aplicada no solo (Figura 2 B; Boaretto et al., 2015).

Na principal região brasileira produtora de citros, tem sido comum a ocorrência de eventos climáticos extremos, como ondas de calor que chegam a ter duração de 4 a 10 dias, com temperaturas máximas acima de 40 ºC e baixa umidade do ar.

 

Quando esses eventos ocorrem durante os estágios iniciais de florescimento e de frutificação podem promover o abortamento de flores e queda de chumbinhos e, quando a ocorrência eles se dão em etapas mais avançadas de desenvolvimento dos frutos é comum a queima da casca, em especial naqueles localizados na face oeste da planta, que ficam expostos ao sol da tarde, causando ainda danos às vesículas de suco. Ambas as situações podem acarretar perdas tanto de produtividade quanto de qualidade. 

Neste sentido, o manejo otimizado do Mg pode minimizar o impacto da alta radiação e temperatura, uma vez que este nutriente está diretamente relacionado com a integridade das clorofilas e ativação de enzimas relacionadas à fotossíntese e ao sistema antioxidante. Em estudos com plantas de citros expostas à alta radiação luminosa verificou-se que uma adubação suplementar de Mg aumentou as trocas gasosas foliares, a assimilação de CO2 e a eficiência de carboxilação instantânea, indicando que a planta foi mais eficiente no uso da energia luminosa capturada e na fixação de CO2. Além disso, plantas que receberam suplementação de Mg apresentaram maior ativação de enzimas envolvidas na desintoxicação das espécies reativas de oxigênio (EROs), como a superóxido dismutase (SOD), que reduz o O2 para H2O2, que em seguida será transformado em H2O e ½O2 por outras enzimas como a glutationa redutase, que teve sua atividade aumentada com o aumento do suprimento de Mg para a planta (Figura 3). Os resultados desse trabalho indicam que aportes extras de Mg podem proporcionar às plantas maior tolerância a condições de estresses bióticos e abióticos, o que impactará em ganhos de produtividade e qualidade para os pomares cítricos. Essa é uma das pesquisas atualmente em desenvolvimento no Programa Fisiologia da Produção, do Centro de Citricultura Sylvio Moreira. 

 

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Fertilizantes Organominerais

Adubação do cafeeiro com fertilizantes organominerais

Regina Maria Quintão Lana
(Professora de Fertilidade e Nutrição de Plantas – UFU)

 

Mara Lúcia Martins Magela
(Doutoranda em Fitotecnia – UFU)

 

Luciana Nunes Gontijo
(Doutoranda em Produção Vegetal – UFU)

 

Em 2020, de acordo com estimativa divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento-CONAB em seu 4º levantamento da safra 2020, a safra brasileira de café, com a influência de bienalidade positiva, indica uma produção de 63,08 milhões de sacas de café beneficiadas (incremento de (27,9% superior a produção de 2019). Em relação à produção da safra 2018 que também foi de bienalidade positiva, o crescimento foi de 2,3%.

Figura 1: Cafezais em pleno desenvolvimento após fertilização adequada

Esse crescimento da produtividade vivenciado pelo setor está associado a um conjunto de fatores que envolvem o ciclo de alta bienalidade, principalmente das lavouras cultivadas com a espécie Arábica; condições climáticas favoráveis, renovação do parque cafeeiro com cultivares mais produtivas e o uso de novas tecnologias, como irrigação, adubação e controle de pragas e doenças. Neste contexto, destaca-se que a contribuição de cada fator relacionado com as excelentes estimativas de produtividade do café brasileiro, possui seus benefícios condicionados aos aspectos de nutrição do cafezal e ao manejo da fertilidade do solo.

A cultura do café está inserida dentro de um movimento financeiro e mercadológico muito importante para a economia nacional e mundial, o que tem exigido cada vez mais manutenção e aumento dos índices de produtividade de maneira dinâmica e aprimorada. Para isso, é necessário buscar por práticas que sejam economicamente viáveis e também sustentáveis em todos os âmbitos de condução da cultura. 

Dentro da temática de fornecimento de nutrientes para o café, muitas tecnologias em fertilizantes foram desenvolvidas com a finalidade de maximizar esse processo, tornando-o mais eficiente e sustentável. Uma das tecnologias disponíveis para atender essa demanda inclui os fertilizantes organominerais.

Diversos estudos já realizados, e outros ainda em andamento, têm comprovado que o uso de fertilizantes organominerais proporciona grandes benefícios para o manejo do cafeeiro, principalmente em condições de solos de cerrado, com desbalanço nutricional e/ou desequilíbrio químico e físico.

No cafeeiro, os benefícios desses fertilizantes podem ser percebidos nas propriedades físico-químicas do solo permitindo diminuição no uso de corretivos, redução de doses e de parcelamentos (somente 2 ou 3 aplicações), que normalmente, com os fertilizantes minerais são realizadas em até seis vezes durante o ciclo de produção. 

Em pesquisa sobre o uso de fertilizante organomineral aplicado isoladamente e em dose única em Coffea arabica cultivar “Catuaí Amarelo IAC-62”, Sandy e Queiroz (2018) observaram resultados de produtividade tão bons quanto os alcançados pelas plantas fertilizadas com fontes exclusivamente minerais, confirmando o potencial de uso com eficiência econômica e agronômica das formulações organominerais.

Destaca-se neste trabalho que, tais resultados se repetiram mesmo com a redução da dose de recomendação, com incremento de 9.17 sacas ha-1 para o tratamento que usou menor dose do fertilizante organomineral (33%+NK-S) em relação ao tratamento que utilizou a dose total da recomendação com fontes exclusivamente minerais (Tabela 1).

Tabela 1: Fertilizante organomineral (08.00.10 + 8S) em Coffea arabica cultivar “Catuaí Amarelo IAC-62”
Fertilizantes Sacas ha-1
Safra 2015/2016 Safra 2016/2017 Média
Controle 38.86 b 19.32 b 29.09 b
(30-00-00 +KCl) 50.46 a 44.13 a 47.29 a
Organomineral NK+S (33% dose) 63.61 a 49.31 a 56.46 a
Organomineral NK+S (66% dose) 38.02 b 41.07 a 39.55 a
Organomineral NK+S (99% dose) 36.08 b 37.15 a 36.62 a

(Adaptado de Sandy; Queiroz, 2018)

 

A matriz orgânica do fertilizante organomineral promove maior aproveitamento dos nutrientes pelas plantas através do processo de slow realese, ou seja, liberação lenta dos elementos que ficam menos expostos a perdas por volatilização do nitrogênio, lixiviação do potássio e adsorção do fósforo. 

De acordo com Santinato et al. (2013), o uso de fontes orgânicas juntamente com a adubação mineral no manejo do cafeeiro proporciona maiores teores de macro e micronutrientes no solo e maior absorção dos nutrientes pelas raízes, especialmente do fósforo, a medida que a fração orgânica no sistema é aumentada.

Em pesquisa conduzida por Acra em 2015, o uso de fertilizante organomineral em uma lavoura de café, cultivar Catuaí Vermelho, com sete anos de idade, aumentou os teores de P no solo aos 90 dias após a aplicação, sendo que a quantidade deste nutriente cresceu linearmente à medida que se aumentou as doses do fertilizante.

Carmo et al. (2014) objetivando avaliar a influência de diferentes fontes e doses de fósforo em vaso, observaram que as maiores produções de massa seca total foram com o fertilizante Organomineral e Torta de Filtro + Fosfato Natural, enquanto que, a menor produção foi verificada para o Fosfato Natural aplicado isoladamente. 

 O efeito do fósforo no organomineral sobre a biomassa do café demonstra a importância da matéria orgânica associada à adubação fosfatada, pois a ocupação dos sítios de adsorção de P no solo leva a menor reação deste elemento com os minerais de argila e óxidos de ferro, e isso se reflete em aumento da disponibilidade de P para a solução do solo. Os autores ressaltam também que esses resultados podem ser justificados pelo fato do fertilizante Organomineral e a Torta de filtro + Fosfato Natural apresentarem relações de Ca/Mg próximas do ideal para a cultura, o que contribuiu na obtenção de maior produção.

 O aporte de matéria orgânica no solo exerce influencia positiva sobre os atributos físicos que estão diretamente ligados à aeração e retenção de água. Neste aspecto, Partelli et al. (2011) avaliando as características físicas do solo com cafeeiro Conilon, observaram melhorias na densidade do solo, porosidade total e na resistência a penetração no cultivo orgânico comparado a área de cultivo convencional adubado com fertilizantes minerais (Tabela 2).

Tabela 2. Características físicas do solo em função do manejo do cafeeiro Conilon (C. canephora)
Área Profundidade Densidade P. Total Mac Mic RP 0.1 RP 0.33
m     mg m-3     m³ m-3 MPa
Café convencional 0.00-0.10 1.591 0.415 0.177 0.236 1.897 4.643
Café convencional 0.10-0.20 1.581 0.423 0.184 0.234 1.940 4.671
Café orgânico 0.00-0.10 1.402 0.473 0.219 0.254 1.168 1.503
Café orgânico 0.10-0.20 1.501 0.448 0.200 0.246 1.371 2.741

Mac= Macroporosidade; Mic= Microporosidade; RP= Resistência a Penetração (Adaptado de Partelli et al., 2011)

 

É de grande importância o aprofundamento do sistema radicular, bem como, a atividade microbiana da rizosfera do cafeeiro. Assim, a melhoria na estrutura do solo, aeração, redução da compactação, retenção de água, são de extrema importância. Neste contexto, Martins Neto et al. (2009), comparando a respiração edáfica e a presença de micorrizas em sistemas orgânicos e convencionais de produção de café da variedade Catuaí, confirmou que houve aumento da respiração microbiana do solo e presença de micorrizas no solo manejado organicamente (Tabela 3).

Tabela 3. Respiração edáfica e presença de micorrizas em cafezais orgânico e convencional

Respiração Presença de Micorrizas
Edáfica mg Co2 m-3 h-1  Nº de esporos em 50 g de solo Infecção Micorrízica (%)
Sistema arborizado Março
Orgânico   136.71 a 607.80 a 42.40 a
Convencional   109.37 b 274.60 b 38.40 a
Sistema arborizados Setembro
Orgânico   167.22 a 592.8 a 18.2 a
Convencional   129.51 b 285.8 b 10.0 b

                                                                                                                                                                                                        (Adaptado de Martins Neto et al., 2009)

 

Chalfoun et al. (2005) analisando a microbiota associada ao solo em sistemas de cultivo orgânico de café, observaram maior presença do gênero Penicillium em relação aos locais fora da área de plantio, que apresentavam menores teores de matéria orgânica. A presença do Penicillium constitui fator importante dentro do sistema de cultivo do cafeeiro, pois muitas pesquisas sinalizam que o fungo se constitui um potencial solubilizador de fósforo.

Os fertilizantes organominerais, além dos benefícios nas propriedades físicas, químicas e microbiológicas do solo, melhoram o metabolismo das plantas através da redução de estresses bióticos e abióticos, equilíbrio das atividades metabólicas, manutenção da fotossíntese ativa e balanço hormonal positivo. Com isso, há um crescimento radicular com mais raízes laterais, maior crescimento vegetativo, maior número de ramos plagiotrópicos, maior retenção de folhas e flores, redução do efeito de bienalidade e, consequentemente, incrementos na produtividade.

Candido et al. (2013), estudando diferentes fertilizantes organominerais no desenvolvimento inicial do cafeeiro arábica cultivado em vaso, observaram que o organomineral granulado proporcionou superioridade de 70.91% no diâmetro de caule; 25.81% a mais no número de ramos plagiotrópicos; 47.47% a mais de área foliar e 52.88% a mais de massa seca total em relação ao café adubado com fonte exclusivamente mineral (superfosfato simples) (Tabela 4).

Tabela 4. Fontes organominerais de P no desenvolvimento inicial do cafeeiro arábica cultivado em vaso (cv. Catuaí)
Fertilizantes Diâmetro de caule (mm) Altura de Plantas (cm) Nº Ramos Plagiotrópicos Área Foliar (cm²) Massa Seca Total
Ausência de aplicação de P 4.36 c 23.97 b 0.00 d 341.25 d 4.92 e
Superfosfato simples (Padrão) 5.33 b 35.35 a 7.75 b 1841.50 b 23.43 b
Orgânico granulado 5.53 b 26.00 b 3.25 c 1263.75 c 10.86 d
Org. em pó com microrganismos solub.  P 4.41 c 32.12 a 6.25 b 1354.00 c 17.09 c
Organomineral granulado 9.11 a 35.35 a 9.75 a 2715.75 a 35.82 a
Organomineral em pó com turfa 6.19 b 26.05 b 6.50 b 1088.00 c 13.24 d

(Candido et al, 2013) 

 

O aumento de produtividade no cafeeiro com organominerais se deve tanto devido à melhoria nas propriedades químicas, físicas e biológicas do solo, quanto à ação fisiológica positiva sobre as plantas. 

 

Figura 4. (A) Taxa de assimilação de CO2 (A µmol CO2 m-2s-1), (B) condutância estomática (g molm-2s-1), (C) carbono interno (Ci mol mol-1), (D) transpiração (E mol vapor d’água m-2s-1), (E) eficiência do uso da água (EUA- A/E µmol H2O) em folhas de mudas de café Catucaí 24/137 amarelo desenvolvidas em viveiro sob diferentes adubações. Machado (MG) 2019. 

Segundo Ruela (2019), as plantas sob efeito da adubação organomineral apresentaram maior taxa de assimilação de CO2, o que representa uma maior fotossíntese líquida e queda na condutância estomática. Isso resultou em uma menor transpiração, sendo assim uma economia de energia pelas plantas, que provavelmente irá refletir em desenvolvimento vegetativo e produtividade, bem como diminuição do carbono interno, pois estava sendo utilizado para maior fotossíntese. Tudo isso com uma maior eficiência do uso da água (Figura 2). Essas plantas possivelmente têm maior resistência a períodos de estresse hídrico do que as plantas submetidas ao tratamento controle ou até mesmo as adubadas com fertilizante mineral

É de grande importância a escolha de fertilizantes mais eficientes que priorizem o manejo da matéria orgânica no sistema produtivo, sendo os fertilizantes organominerais uma tecnologia viável para fornecer os nutrientes e matéria orgânica demandados pelo cafeeiro para se obter alta produtividade.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ACRA, G. Z. Fertilizantes organominerais no cafeeiro e atributos químicos do solo. Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Agronomia, da Universidade Federal de Uberlândia, para obtenção do grau de Engenheiro Agrônomo. 19f. 2015.

CANDIDO, A. O.; TOMAZ, M. A.; SOUZA, A. L. AMARAL, J. F. T.; RANGEL, O. J. P. Fertilizantes organozominerais no desenvolvimento inicia do cafeeira arábica. VIII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil 25 a 28 de Novembro de 2013, Salvador – BA.

CARMO, D. L.; TAKAHASHI, H. Y.; SILVA, C. A.; GUIMARÃES, P. T. Crescimento de mudas de cafeeiro recém-plantadas: efeitos de fontes e doses de fósforo. Coffee Science, Lavras, v. 9, n. 2, p. 196-206, abr./jun. 2014.

CHALFOUN, S. M., ANGÉLICO, C. L., BATISTA, L. R., AND PEREIRA, M. C. (2005). Predominância do gênero Penicillium em solos de cultivo de café pelo sistema orgânico. In: 4° Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil. Embrapa Café, Brasília. Disponível em:<https://www.bing.com/search?q=PREDOMIN%C3%82NCIA%C2%A0DO%C2%A0G%C3%8ANERO%C2%A0PENICILLIUM%C2%A0EM%C2%A0SOLOS%C2%A0DE%C2%A0CULTIVO%C2%A0DE%C2%A0CAF%C3%89%C2%A0+PELO%C2%A0SISTEMA%C2%A0ORG%C3%82NICO%C2%A0+&form=EDNTHT&mkt=pt-br&httpsmsn=1&refig=d0e41796470a4a4af438e067792f9bfb&sp=-1&pq=predomin%C3%A2ncia+do+g%C3%AAnero+penicillium+em+solos+de+cultivo+de+caf%C3%A9+pelo+sistema+org%C3%A2nico+&sc=0-86&qs=n&sk=&cvid=d0e41796470a4a4af438e067792f9bfb>.

CONAB. Campanhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento da safra brasileira. V.5 – SAFRA 2020 –N.6. Quarto levantamento. Dezembro 2020. Brasília, p.1-45.

FUNDAÇÃO PROCAFÉ. NUTRISAFRA fertilizantes. Biorin: O fertilizante organomineral do Café. 2014. Disponível em:< http://www.nutrisafra.com.br/noticias/biorin-o-fertilizante-organomineral-cafe/>.

MARTINS NETO, F. L.; MATSUMOTO, S. N.; SOUZA, A. J. J.; BONFIM, J. A.; LIMA, J. M.; CÉSAR, F. R. C. F.; SANTOS, M. A. F. Respiração edáfica e presença de micorrizas em sistemas de produção de café orgânico e convencional. 35º Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras. 2009. Disponível em:<http://www.sbicafe.ufv.br/bitstream/handle/123456789/5116/doc_223_35-CBPC-2009.pdf?sequence=1&isAllowed=y>

PARTELLI, F. L.; VALICHESKI, R. R.; GONTIJO, I.; VIERA, H. D.; MARCIANO,  C. Atributos físicos do solo em cafeeiro conilon sob cultivo orgânico e convencional. VII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil 22 a 25 de Agosto de 2011, Araxá – MG. Disponível em: http://www.sbicafe.ufv.br/bitstream/handle/123456789/3270/353.pdf?sequence=1&isAllowed=y

RUELA, V. et al. 45º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISAS CAFEEIRAS, 2019, Poços de Caldas. Fundação Procafé. Anais[367p], 250-251p

SANDY, E. C.; QUEIROZ, I. R.; Avaliação de fertilizantes organominerais na cultura do café na região da Alta Mogiana. Revista Attlea Agronegócios. 2018. Disponível em:< https://revistadeagronegocios.com.br/avaliacao-de-fertilizantes-organominerais-na-cultura-do-cafe-na-regiao-da-alta-mogiana-eder-sandy/>.

SANTINATO, R.; FERREIRA, R. T.; TAVARES, T. O.; SANTINATO, F. Adubação orgânica na formação e produção do cafeeiro em solo cerrado latossolo vermelho distroferico com doses crescentes de esterco de galinha poedeira mais palha de café associadas á adubação mineral reduzida proporcionalmente aos nutrientes npks contidos no esterco e na palha- resultados finais 6 safras. 2013. 39º Congresso Brasileiro de pesquisas Cafeeiras.

SANTOS, J; TEIXEIRA, R. N. Café do Brasil têm produtividade média superior a 32 sacas por hectare em 2018. Disponível em:< https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/38092192/cafes-do-brasil-tem-produtividade-media-superior-a-32-sacas-por-hectare-em-2018>. Acesso em 09 de abril de 2019.

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Biofertilizantes

Bioamino® Extra maior tolerância da cana às adversidades climáticas

Renato Passos Brandão
Gerente Especialista em Nutrição Vegetal

 

Luiz Marin
Gerente de Produtos Biofertilizantes

 

Raphael Bianco Roxo Rodrigues
Gerente Técnico de São Paulo e Sul de Minas

 

O Brasil é o maior produtor mundial no setor sucroalcooleiro. A estimativa de produção de cana para a safra 2017/2018 é de 625,96 milhões de toneladas (Conab, 2018). A produtividade da cana-de-açúcar está prevista para 72 t/ha. É considerada relativamente baixa em comparação ao potencial genético das atuais variedades de cana.

Um dos fatores que vem contribuindo para a baixa produtividade da cana são as condições climáticas desfavoráveis nas últimas safras – veranicos – que estão ocorrendo com mais frequência e intensidade.

Com o intuito de minimizar os efeitos prejudiciais dos veranicos e outros fatores abióticos que possam prejudicar o desenvolvimento da cana, o Vittia instalou um experimento para a avaliação do Bioamino® Extra aplicado via foliar em cana-soca.

O experimento foi instalado em cana-soca – variedade IAC SP95-5000 – 3º corte em um ambiente de produção classificado como B. O Bioamino® Extra foi aplicado via foliar na cana-soca em 05 de dezembro de 2017 – antes do fechamento do canavial – em um volume de calda de pulverização de 200 L/ha. A colheita da cana-soca ocorreu em 3 de agosto de 2018.

O experimento foi constituído por 4 doses do Bioamino® Extra – 0, 1, 2 e 3 L/ha com 4 repetições. As parcelas foram constituídas por cinco linhas de cana com 10 m de comprimento e espaçadas de 1,5 m entre si, totalizando 75 m2. A área útil foi constituída pelas três linhas centrais, descartando um metro nas extremidades, totalizando 36 m2

 

Resultados

O Bioamino® Extra proporcionou aumento expressivo na produtividade da cana-soca (Figura 1). O maior incremento na produtividade da cana-soca – 8,89 t/ha – ocorreu com a menor dose do Bioamino® Extra – 1 L/ha. Entretanto, a dose de 2 L/ha do Bioamino® Extra também proporcionou um aumento significativo na produtividade da cana-soca com um incremento de 13,92 t/ha de colmos.

 

O que é Bioamino® Extra?

É um fertilizante fluido orgânico composto, Classe A, com alta concentração de materiais orgânicos, obtidos por meio de processos controlados de biofermentação de açúcares.  Os aminoácidos estão na forma livre – L aminoácidos – prontamente disponível às plantas. Possui pH na faixa ligeiramente ácida a neutro – 5,5 a 7,0.

 

Garantias (p/p) – % 

  • Nitrogênio: 4% (50 g/L)
  • Carbono orgânico total (COT): 23% (287,5 g/L)
  • Densidade: 1,25 g/mL

 

Benefícios do  Bioamino® Extra em cana

O Bioamino® Extra atua no metabolismo da cana, alterando os processos vitais e estruturais das plantas, tornando-as mais tolerantes às condições climáticas adversas e aos estresses bióticos. 

 

Os benefícios do Bioamino® Extra proporcionados à cana estão abaixo:

  • Melhora o metabolismo da cana, maximizando o seu potencial produtivo;
  • Promove maior desenvolvimento radicular por meio da emissão de novas raízes. Maior absorção de água e nutrientes. Maior síntese de citocinina – fitohormônio indutor da divisão celular, promoção da formação de raízes e gemas e retarda a senescência foliar;
  • Melhora a brotação e o desenvolvimento vegetativo da cana;
  • Retarda a senescência das folhas da cana, prolongando a síntese de fotoassimilados;
  • Maior resistência da cana às condições climáticas adversas, tais como veranicos e variações bruscas de temperatura;
  • Recuperação mais rápida da cana aos estresses climáticos e fitotoxicidade causada pelos defensivos agrícolas;
  • Aumenta a produtividade da cana.

 

O que são aminoácidos?

Os aminoácidos são extremamente importantes para os seres vivos. São as unidades chaves para a síntese das proteínas (Campel; Farrel, 2017). As proteínas são polímeros de 20 aminoácidos unidos por um tipo específico de ligação covalente denominada de ligações peptídicas. 

O primeiro aminoácido descoberto foi a asparagina, em 1806 e o último dos 20 aminoácidos foi a treonina, somente em 1938. Além desses aminoácidos existem diversos outros menos comuns.  Há aminoácidos presentes nos organismos vivos, mas não como constituintes das proteínas. Alguns são resíduos modificados depois de uma proteína ter sido sintetizada (Nelson; Cox, 2011).

Os aminoácidos são moléculas orgânicas formadas por átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio (Buchanan et al., 2000). Além desses elementos químicos, há três aminoácidos – cisteína, cistina e metionina – que contém também enxofre (Campell; Farrel, 2017).

 

Bioamino® Extra aumenta a tolerância da cana às condições climáticas adversas e aos estresses bióticos

 

Os aminoácidos possuem um grupo carboxila (-COOH) e um grupo amina (-NH2), ambos ligados ao carbono central denominado de alfa, quase sempre assimétrico (carbono próximo ao grupo carboxila). Nesse carbono também ficam ligados um átomo de hidrogênio (-H) e um grupo de cadeia lateral denominado genericamente de radical – R (Figura 2). 

A cadeia lateral (R) representa um radical orgânico, determinando a identidade do aminoácido, definindo uma série de características, tais como polaridade e grau de ionização em solução aquosa (Buchanan et al., 2000).

Os aminoácidos ocorrem em dois esterioisômeros: L (levógero) e D (dextrógeno) denominados de L aminoácidos e D aminoácidos, respectivamente. Possuem a mesma forma química mas possuem diferentes estruturas espaciais. Os aminoácidos constituintes das proteínas são sempre os levógeros – L aminoácidos.

Os L aminoácidos são obtidos por processos naturais de biofermentação ou hidrólise enzimática. Os D aminoácidos são obtidos por processos artificiais como a hidrólise ácida, que podem causar a destruição dos aminoácidos ou a manutenção de grandes quantidades de peptídeos e proteínas.

 

Biossíntese dos aminoácidos

Os seres humanos e a maioria dos animais não conseguem sintetizar determinados aminoácidos – como histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano, valina e arginina. Os adultos conseguem sintetizar a arginina – tendo que obter os demais aminoácidos, denominados de essenciais, a partir da dieta (Taiz et al., 2017). 

Por outro lado, as plantas sintetizam todos os 20 aminoácidos encontrados nas proteínas. O grupo amino contendo o nitrogênio, é proveniente do íon amônio – NH4+ –derivado de reações de transaminações com a glutamina ou glutamato. 

O esqueleto de carbono dos aminoácidos é derivado do 3-fosfoglicerato, do fosfoenolpiruvato ou do piruvato gerados durante a glicólise, ou ainda do 2-oxoglutarato ou do oxalacetato formados no ciclo do ácido cítrico (Figura 3).

 

Aminoácidos nas plantas

São moléculas orgânicas essenciais ao metabolismo primário e secundário, desempenhando diversos papéis nas plantas (Tabela 1). Alguns aminoácidos desempenham funções específicas como precursores à síntese de metabólicos secundários – hormônios e moléculas de defesa das plantas às doenças (Buchanan et al., 2000).

Os aminoácidos são importantes nos sistemas antioxidantes das plantas. Atuam na redução de radicais livres e osmoproteção (Gill; Tuteja, 2010). Exercem papel fundamental na resposta das plantas aos estresses abióticos – seca, veranico, salinidade dos solos – e bióticos – fitotoxicidade dos defensivos agrícolas – e no metabolismo secundário em plantas (Hildebrandt et al., 2015).

O fornecimento dos aminoácidos às plantas aumenta a tolerância aos estresses abióticos e bióticos. Atuam na estabilização das membranas celulares e na redução de substâncias tóxicas produzidas pelas plantas sob condições estressantes. 

Os aminoácidos também conferem proteção das plantas ao ataque de pragas e doenças, atuando na biossíntese de compostos fenólicos – ácido cinâmico, as flavonas e o ácido cumárico. São precursores de lignina, conferindo maior resistência das plantas ao ataque de pragas (Alves, 2017). 

 

Tabela 1. Principais funções dos aminoácidos nas plantas.

Aminoácidos Funções nas plantas
Alanina Atua na brotação da cana

Síntese de clorofila, aumentando a atividade fotossintética

Arginina Atua na emergência das plântulas, estimulando o desenvolvimento celular com a metionina

Ação rejuvenescedora nas plantas

Precursor de poliaminas – defesa das plantas aos estresses bióticos e abióticos 

Precursor da síntese de auxinas

Aspartato Atua na redistribuição do N nas plantas via floema
Asparagina Fornecimento de N às plantas
Cisteína Fonte de S às plantas. Produção de fitoquelatinas. 

A cisteína e a glicina, atuam na síntese de glutationa, molécula importante no sistema de defesa das plantas contra às doenças

Fenilanina Precursor de compostos fenólicos – ácido cinâmico, ácido cumário, lignina, taninos e flavonoides –, atuando na defesa das plantas contra às doenças

Síntese do ácido salicílico: hormônio indutor de resistência sistêmica das plantas aos patógenos. 

Atua também na tolerância das plantas aos estresses bióticos e abióticos.

Regula a ação de enzimas antioxidantes

Glicina Síntese de porfirinas

Precursor da síntese de clorofila e fitocromos

Principal aminoácido com ação quelante de metais

Precursor de glicina betaína – molécula de defesa “osmoprotetora” em condições de estresse hídrico e salino, calor, frio e congelamento

Auxilia na manutenção da integridade das membranas celulares, mantendo a atividade fotossintética

Glutamato Atua na formação de vários aminoácidos – arginina, prolina, glutamina e aspartato. 

Precursor da molécula de clorofila. Atuam no sistema de defesa das plantas

Glutamina Precursor de outros aminoácidos. Essencial para a absorção de N pelas plantas
Histidina Regula a concentração de ácido aspártico

Proteção das plantas às radiações ultravioletas

Maior sanidade das plantas

Isoleucina Aumenta a velocidade de brotação das plantas

Prevenção de anomalias em plantas, mantendo a integridade dos tecidos

Leucina Atua na brotação das plantas – aumenta a velocidade do processo germinativo

Incremento na produção, atuando na fecundação e no pegamento dos frutos

Melhora a qualidade dos frutos

Lisina Fonte de N às plantas

Ativa a clorofila, retardando a senescência das plantas

Aumenta a tolerância das plantas aos estresses abióticos

Atua na síntese de clorofila

Metionina Precursor do etileno, hormônio responsável pela maturação dos frutos. 

Aumenta a espessura das células, dificultando a entrada de patógenos

Favorece a assimilação dos nitratos

Prolina Aumenta a tolerância das plantas aos estresses abióticos – seca e veranicos.

Precursor da hidroxiprolina – importante para a formação da parede celular e substrato para a respiração

Serina Precursor do triptofano

Atua nos mecanismos de resistência das plantas às condições climáticas adversas

Tirosina Precursor dos compostos fenólicos. Atua na defesa natural das plantas contra às pragas e doenças 
Treonina Atua no crescimento das plantas, aumentando a velocidade de brotação e a germinação das sementes
Triptofano Precursor do ácido indolacético – AIA –, auxina que forma as enzimas responsáveis pelo alongamento e crescimento celular das plantas. 

Precursor de indolglicosinatos e alcaloides

Valina Atua na velocidade de crescimento das plantas, mais especificamente nos colmos

Atua nos mecanismos de resistência das plantas aos estresses ambientais

Fonte: Vários autores.

 

Considerações finais  

Os aminoácidos são as unidades chaves para a síntese das proteínas. São moléculas orgânicas formadas por átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. Além desses elementos químicos, há três aminoácidos – cisteína, cistina e metionina – que contém também enxofre.

As plantas sintetizam todos os 20 aminoácidos a partir da assimilação do amônio com o glutamato formando a glutamina. Entretanto, o fornecimento de aminoácidos à cana proporciona uma série de benefícios com aumentos expressivos na produtividade.

Os únicos aminoácidos que à cana e as demais plantas conseguem utilizar no seu metabolismo são os L-aminoácidos.

Os aminoácidos são amplamente utilizados na agricultura brasileira e mundial. Com o avanço nas técnicas de produção dos L-aminoácidos e dos conhecimentos dos benefícios proporcionados às plantas, o consumo de aminoácidos na agricultura brasileira é crescente.

Desempenham diversos papéis nas plantas, atuando como precursores da síntese de metabólicos secundários – hormônios e na biossíntese de compostos fenólicos conferindo maior resistência das plantas ao ataque de pragas e doenças. 

Atuam também na tolerância das plantas aos estresses abióticos – seca, veranico, salinidade dos solos e bióticos – fitotoxicidade dos defensivos agrícolas.

 

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Adjuvantes

Como mitigar as perdas por deriva nas aplicações de produtos fitossanitários?

Maickon Balator – Gerente da linha de adjuvantes Vittia

Com o intuito de garantir a segurança alimentar da população mundial nas próximas décadas, a utilização e aperfeiçoamento de novas tecnologias na agricultura são de suma importância para atingir esse objetivo.

Em relação a proteção de plantas, a tecnologia de aplicação exerce papel essencial na melhoria das pulverizações dos produtos fitossanitários. 

Um dos grandes desafios é aliar eficiência das aplicações com rendimento operacional. Contudo, durante o processo de pulverização temos vários obstáculos até a planta absorver os defensivos agrícolas e fertilizantes foliares.

Segundo Matuo (1998), a tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários, é o emprego de todos os conhecimentos científicos que proporcionem a correta colocação do produto biologicamente ativo no alvo, em quantidade necessária, de forma econômica, com o mínimo de contaminação de outras áreas.

As perdas de defensivos agrícolas por deriva é um dos grandes problemas na agricultura mundial, tendo em vista o risco da contaminação ambiental, dos seres humanos e também pela perda da eficiência dos produtos no controle das pragas, doenças e plantas daninhas.

A deriva está relacionada com condições climáticas desfavoráveis à aplicação aliado a técnica de aplicação adotada, em especial o espectro de gotas. Quanto menor o espectro de gotas (menor o DMV das gotas) maior será o risco de deriva.

Um dos melhores exemplos da deriva causando problemas significativos na agricultura foi observado na pulverização do herbicida Dicamba em pós emergência sobre variedades tolerantes de soja e algodão, desde o lançamento dessas variedades em 2016 nos Estados Unidos. Relatos apontam que cerca de 1,4 milhões de hectares de soja sensível ao herbicida no Centro-sul e Centro-oeste dos Estados Unidos foram prejudicados pela aplicação do Dicamba em 2017.  Embora os relatos não tenham sido tão altos em 2018, ainda havia mais de 400.000 hectares com sintomas de aplicação de Dicamba.

Como mitigar as perdas por deriva nas aplicações dos produtos fitossanitários ?

Aplicar se possível nas melhores condições meteorológica, tais como, velocidade do vento entre 3 a 10 km/h, umidade relativa do ar acima de 55% e temperatura do ar abaixo de 32° C.

Reduzir a altura da barra em relação ao alvo biológico, desde que não comprometa a uniformidade de aplicação. 

Trabalhar com velocidade do pulverizador adequada ao terreno, evitando altas velocidades, pois quanto maior a velocidade, maior será a pressão e consequentemente menor o DMV das gotas e com isso maior será o risco de deriva.

Evitar altas pressões de trabalho, pois conforme o último parágrafo, altas pressões aumentam a produção de gotas de menores diâmetros, aumentando o risco de perdas por derivas.

Selecionar pontas de pulverizações que proporcionem gotas ultra grossas com baixa porcentagem de gotas menores que 100 micrometros para os herbicidas auxínicos, tais como, 2,4 D e Dicamba. Esta é uma estratégia essencial para reduzir o risco de fitotoxicidade em áreas sensíveis a estes herbicidas. 

Para aplicações de inseticidas e fungicidas é essencial termos uma excelente cobertura na superfície foliar, em especial no terço médio e inferior da cultura, local onde ocorre o início da infecção das doenças, devido ao micro clima proporcionado pela cultura nas fases reprodutivas, com isso se faz necessário a escolha correta de pontas de pulverização que produzem gotas médias a finas. Estes espectros de gotas serão mais sensíveis às perdas por deriva, com isso, para estas classes de produtos o produtor deverá ter maior atenção quando utilizar este espectro de gotas para não reduzir a eficiência biológica destes produtos. 

E por fim, como estratégia de mitigar as perdas por deriva, temos os adjuvantes para uso agrícola que exercem um papal fundamental para melhorar a eficiência biológica dos produtos fitossanitários e fertilizantes foliares. 

Como definição, os adjuvantes são substâncias ou compostos sem propriedade fitossanitária, que são adicionados (exceto a água) numa preparação agrícola, para aumentar a eficiência ou modificar determinadas propriedades da solução, visando facilitar a aplicação ou minimizar possíveis problemas. Significa um ingrediente que melhora as propriedades físicas de uma mistura. Estes adjuvantes podem desempenhar várias funções distintas (KISSMANN, 1997).

Segundo Vargas e Roman (2006), os adjuvantes são divididos em dois grupos: os modificadores das propriedades de superfície dos líquidos (surfactantes, espalhante, umectante, detergentes, dispersantes e aderentes, redutores de deriva, entre outros) e os aditivos (óleo mineral ou vegetal, sulfato de amônio e ureia, entre outros) que afetam a absorção devido à sua ação direta sobre a cutícula.

Os adjuvantes redutores de deriva possuem como principal função reduzir a porcentagem de gotas muita finas (abaixo 100 micrometros) e aumentar o DMV reduzindo as perdas por deriva.

É muito importante consultar o fabricante dos adjuvantes para entender o comportamento do seu produto com a ponta de pulverização que o produtor utilizará em suas pulverizações. Pois há inúmeras interações com o tipo da ponta e da aplicação (aérea ou terrestre) com os diferentes tipos de adjuvantes no mercado.

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Adjuvantes

Vittia recebe selo do Programa Adjuvantes da Pulverização

Das centenas de empresas de adjuvantes para uso agrícola no Brasil, apenas seis possuem a certificação junto ao IAC-CEA.                                                                                                                         

O Vittia tem o objetivo de levar mais produtividade e sustentabilidade ao produtor rural; e como resultado de sua atuação recebeu com muita satisfação o selo do Programa Adjuvantes da Pulverização, criado para certificar a funcionalidade dos adjuvantes. Trata-se de uma iniciativa de caráter público-privado, liderada pelo Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. O programa é coordenado pelo Dr. Hamilton Ramos, pesquisador da instituição.

Com o objetivo de aprimorar as formulações de seus adjuvantes, o Vittia iniciou uma parceria com o IAC-CEA em 2015. Desde então, realizou uma série de ensaios de funcionalidade, dentre eles, o efeito redutor de deriva. O objetivo foi garantir ao produtor rural menos perdas por deriva durante as pulverizações e, consequentemente, mais eficiência nas aplicações e mais sustentabilidade, com menor risco ao meio ambiente. O selo do Programa Adjuvantes para Pulverização é fruto dessa parceria.

No mercado nacional há centenas de fabricantes de adjuvantes, mas apenas seis empresas receberam o selo, entre as quais o Vittia, a primeira empresa a iniciar esse projeto.

José Roberto P. de Castro, Diretor de Marketing do Vittia, recebe certificação do Dr. Hamilton Ramos, pesquisador da instituição IAC-CEA

A Linha Active, do Vittia, foi criada para oferecer melhor performance aos produtores. Ela é composta por cinco adjuvantes com funções específicas, sendo que cada produto terá maior assertividade nas pulverizações durante o ciclo das culturas. Além do efeito redutor de deriva dos produtos da Linha Active, há outras funções muito relevantes, como efeito umectante, espalhante, tensoativo e penetrante, que também fazem parte do projeto de avaliação junto ao CEA-IAC.

“Associar um adjuvante de funcionalidade imprecisa a um defensivo de boa qualidade coloca em xeque o investimento na lavoura”, afirma o coordenador do programa, o pesquisador Dr. Hamilton Ramos.

A perda por deriva é uma das grandes preocupações dos agricultores, não só do Brasil. Ela gera muitos prejuízos ao produtor, que tem o grande risco de perda de eficiência dos defensivos agrícolas devido à menor quantidade de princípio ativo que chega ao alvo. Além disso, as gotas derivadas podem aumentar o risco da contaminação ambiental e causar fitotoxicidade em lavouras sensíveis, próximas à área aplicada.

Os adjuvantes da Linha Active têm o potencial de reduzir de forma significativa as perdas por deriva, ao eliminar as gotas muito finas durante o processo de pulverização – o que garante uma maior eficiência dos produtos fitossanitários.

Desde novembro 2017 o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) decidiu cancelar todos os produtos registrados exclusivamente como adjuvantes, e nesse contexto a certificação ganhou uma importância ainda maior: “O mercado de adjuvantes é extremamente competitivo e o selo conquistado pelo Vittia, conferido por um órgão de pesquisa renomado, oferece mais segurança ao produtor”, afirma o gerente de Tecnologia de Aplicação do Vittia, Maickon Balator.

José Roberto P. de Castro, Diretor de Marketing do Vittia, discursando durante Cerimônia de Premiação IAC-CEA

Com a certificação, o Grupo, que há 50 anos é reconhecido por promover a sustentabilidade na agricultura nacional, poderá estampar o novo selo nos rótulos de seus adjuvantes e auxiliar os produtores a fazerem a melhor escolha para as suas lavouras, com a segurança de adquirir um produto funcional. A participação da Vittia no Programa de Certificação de Adjuvantes do Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), é mais uma demonstração do compromisso da empresa na entrega de soluções efetivas ao produtor rural, diz o diretor do Vittia, José Roberto Pereira de Castro.

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Controle Biológico

Vittia apresenta bionematicida mais completo do mercado

No-Nema possui amplo leque de alvos e traz nova opção de aplicação para uso via foliar, além do já conhecido tratamento de sementes e sulco de plantio

Danos de nematoide em raiz de soja. Fonte: Equipe Vittia

Em um momento em que os nematoides presentes no solo brasileiro afetam diversas culturas com prejuízos aproximados de R$ 35 bilhões por ano, de acordo com a Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN), o agricultor passa a contar com um importante aliado para o controle efetivo de nematoides com múltiplas formas de aplicação. Trata-se do No-Nema, do Vittia, um nematicida e fungicida biológico altamente eficaz no manejo de fitonematoides, além de controlar fungos que causam podridão de raiz.

Dentre os produtos disponíveis para o manejo de fitonematoides aprovados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o No-Nema se destaca por ter um maior leque de possibilidades para aplicação, com a novidade para a uso via foliar. Essa nova forma de aplicação apresenta os mesmos benefícios que via tratamento de sementes e via sulco de plantio, porém, com um grande diferencial: a indução de resistência das plantas.

O No-Nema possui eficácia no controle de diversos nematoides, como: Meloidogyne javanica (Nematoide-das-galhas); Meloidogyne incognita (Nematoide-das-galhas); Heterodera glycines (Nematoide-de-cisto) e Pratylenchus brachyurus (Nematoide-das-lesões), cujas espécies são as de maior ocorrência no Brasil e afetam diversas culturas, além do controle de Fusarium verticillioides.

Área de soja com aplicação de No-Nema comparado ao padrão fazenda 7 dias após o plantio em Cristalina-GO – Imagem: Luís Fernando Ribeiro de Carvalho, Vittia
Área de soja com aplicação de No-Nema comparado ao padrão fazenda 20 dias após o plantio em Cristalina-GO – Imagem: Luís Fernando Ribeiro de Carvalho, Vittia

 

Nematoide Pratylenchus em microscopia – (Imagem enviada pela pesquisadora Karoline Gunther)

Somente na cultura da soja, os nematoides causam perdas de cerca de R$ 15 bilhões por ano de acordo com a SBN. Os nematoides são vermes que parasitam as raízes, sendo também porta de entrada para fungos de solo, causando prejuízos como diminuição no porte de plantas, amarelecimento da cultura, menor absorção de água e nutriente, acarretando fortemente na queda de produtividade, além de prejudicar as culturas e plantios seguintes. “O problema tende a aumentar se não controlado, por isso seguimos com os estudos que comprovaram a eficácia da aplicação via foliar, inclusive com a possibilidade de potencializar o manejo já realizado no tratamento de sementes ou sulco de semeadura, tornando a proteção mais completa no controle de nematoides”, ressalta Bernardo Vieira, gerente de produtos biológicos do Vittia.

saiba mais sobre o no-nema

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Grão de Vittia: o projeto que está transformando o café brasileiro

O café brasileiro é um símbolo de qualidade e tradição, mas também está se tornando um exemplo de inovação e responsabilidade ambiental

Além de ser uma paixão nacional, o nosso café também é um exemplo de como a inovação e a sustentabilidade podem caminhar juntas. É nesse cenário que o Projeto Grão de Vittia se destaca, promovendo uma revolução na cafeicultura por meio do manejo biológico.

Com 22 campos demonstrativos espalhados por São Paulo, Minas Gerais e Bahia, o projeto já impactou mais de 123 hectares, mostrando que é possível produzir cafés de excelência, potencializando a produtividade enquanto se preserva o meio ambiente. 

Neste artigo, você vai entender como o Grão de Vittia está fortalecendo a sustentabilidade na produção de café, gerando benefícios para os produtores e posicionando o Brasil como líder global em práticas agrícolas responsáveis.

O que é o projeto Grão de Vittia?

O Grão de Vittia é uma iniciativa que reafirma o compromisso da Vittia com a agricultura sustentável. 

mapa com os locais que possuem campos demonstrativos do Grão de Vittia, MG 15, SP 5, BA 2.

Por meio de biossoluções inovadoras, o projeto promove um manejo equilibrado, que fortalece as defesas naturais das plantas, melhora a nutrição do solo e torna a utilização de defensivos químicos mais estratégica dentro de um manejo integrado, aumentando o nível de cuidado com a lavoura em diversos aspectos.

O objetivo do Grão de Vittia é claro: garantir lavouras mais produtivas e rentáveis, sem abrir mão da qualidade do grão e do respeito ao ecossistema. 

Com produtos Vittia, como Tricho-Turbo®, Bio-Imune®, Bovéria-Turbo®, Biobaci®, Meta-Turbo®, Rizo-Turbo® e Criso-Vit®, o projeto oferece ferramentas eficazes para o controle biológico de pragas e doenças, além de biofertilizantes, como Humic®, Bioenergy® e BioAmino-Extra®, que estimulam o crescimento saudável das plantas.

Impactos do Grão de Vittia na cafeicultura: Resultados além da produtividade

Em campos demonstrativos, o manejo biológico aumentou a produtividade, passando de 30 para 45 sacas por hectare. 

gráfico comparativo grão de vittia safra 2022

Produtividade da cultura do café em diferentes manejos.

Além disso, os cafés tratados com as biossoluções da Vittia apresentaram:

  • Notas sensoriais elevadas: pontuação acima de 85 na análise sensorial, com notas de fragrância e aroma frutado, cítrico e retrogosto persistente.

Análise sensorial e Perfil sensorial dos atributos do café Padrão Fazenda (83 pontos) vs. café Grão de Vittia (85 pontos). 

Sustentabilidade que gera valor

O Grão de Vittia vai além dos números. Ele representa um novo horizonte na cafeicultura, cuja sustentabilidade é vista como um pilar essencial para o sucesso do negócio. Ao promover o equilíbrio do agroecossistema, o projeto contribui para:

  • Preservação da biodiversidade: menos resíduos no solo e na água e preservação dos inimigos naturais e microrganismos benéficos para as plantas, garantindo um ecossistema mais equilibrado.
  • Valorização do café brasileiro: grãos produzidos com menos impacto ambiental atendem às demandas de um mercado consumidor cada vez mais consciente e exigente.
  • Rentabilidade para o produtor: com maior produtividade e qualidade, o cafeicultor consegue alcançar melhores preços no mercado.

O futuro do café é sustentável, e o projeto Grão de Vittia já está lá

O Projeto Grão de Vittia vai além de uma iniciativa de manejo biológico – é um movimento que está transformando a cafeicultura brasileira com benefícios que começam hoje e se potencializam a longo prazo. 

Ao unir inovação, sustentabilidade e resultados comprovados, o projeto mostra que é possível produzir cafés de excelência enquanto se cuida do planeta e se agrega ainda mais valor ao produto brasileiro.

Para os produtores, o Grão de Vittia representa uma oportunidade de aumentar a rentabilidade e se destacar no mercado

Para o meio ambiente, é um exemplo de como a agricultura pode ser uma aliada na preservação dos recursos naturais. 

E para o Brasil, é a prova de que a cafeicultura sustentável é o caminho para consolidar nossa liderança global no setor.

Se você é um cafeicultor em busca de práticas mais sustentáveis e rentáveis, o Grão de Vittia pode ser a solução que você procura. Entre em contato com o nosso time, conheça mais sobre o projeto e descubra como levar essa evolução para a sua lavoura. 

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MIP: a chave para produzir mais com sustentabilidade

A produção agrícola no Brasil tem se destacado mundialmente pela sua capacidade de alimentar populações em escala global. No entanto, desafios, como o aumento da pressão de pragas, a resistência a defensivos e as mudanças climáticas, exigem abordagens mais estratégicas e sustentáveis no campo. Entre elas, o Manejo Integrado de Pragas (MIP) tem sido uma peça-chave na busca por soluções que conciliem produtividade, rentabilidade e sustentabilidade.

Neste blog, vamos explorar o histórico do MIP no Brasil, sua evolução ao longo das últimas safras, a crescente importância dos produtos biológicos e os benefícios de sua adoção em curto, médio e longo prazo. Confira!

O que é o MIP (Manejo Integrado de Pragas) e como ele surgiu no Brasil?

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é uma abordagem que alia ciência e prática agrícola, priorizando a sustentabilidade e o equilíbrio dos agroecossistemas. Desde sua concepção inicial, até sua consolidação como estratégia global na década de 1970, o MIP se tornou um pilar fundamental para a proteção de cultivos com menor impacto ambiental.

O conceito de Manejo Integrado de Pragas foi impulsionado pela necessidade de reduzir os impactos negativos do uso indiscriminado de defensivos. A preocupação com a resistência de pragas, a eliminação de inimigos naturais e os danos ao meio ambiente levou pesquisadores e produtores a adotarem práticas mais sustentáveis.

Hoje, a pressão por alimentos mais saudáveis e por práticas agrícolas sustentáveis reforça a importância do MIP como ferramenta essencial para o agricultor, combinando métodos de controle de pragas de maneira racional e econômica.

Em resumo, o MIP é um sistema baseado na integração de diferentes métodos de controle, sejam químicos, biológicos, culturais ou tecnológicos, sempre considerando fatores econômicos e ambientais. A ideia central não é erradicar pragas, mas mantê-las abaixo de níveis que causem prejuízos significativos ao produtor.

Ao adotar o MIP, o agricultor reduz os riscos de resistência das pragas a defensivos, protege inimigos naturais benéficos e diminui os custos de produção. O resultado é um manejo mais eficiente e sustentável.

E quais são os fundamentos do MIP na prática?

Assim como construir uma casa exige uma base sólida, o sucesso do MIP depende de etapas bem estruturadas. Conheça os principais passos a seguir.

1. Avaliação do agroecossistema

A avaliação inicial do agroecossistema é o ponto de partida. Essa etapa envolve identificar as pragas predominantes, suas fases mais prejudiciais e seus inimigos naturais. O monitoramento é fundamental aqui, podendo incluir armadilhas de feromônios ou métodos visuais para acompanhar a dinâmica das pragas e prever infestações.

Fatores, como clima, comportamento das pragas e ciclo da cultura, são analisados para determinar riscos e planejar ações preventivas. Por exemplo, temperaturas mais altas podem acelerar o ciclo de vida de insetos, aumentando o número de gerações durante uma safra.

2. Tomada de decisão com base em níveis de controle

Após monitorar o campo, os dados coletados são usados para embasar a tomada de decisão. No MIP, trabalha-se com conceitos como:

  • Nível de Equilíbrio (NE): situação em que as pragas presentes estão em equilíbrio com os inimigos naturais e não precisam de intervenção.
  • Nível de Controle (NC): densidade da praga cuja ação de controle deve ser iniciada.
  • Nível de Dano Econômico (NDE): A população de pragas chegou a um nível em que causa prejuízos financeiros iguais ou superiores ao custo do controle.

A decisão de intervir depende da relação custo-benefício. Quando a população da praga atinge ou supera o NC, medidas de controle são implementadas para evitar que os danos ultrapassem o NDE.

3. Integração de métodos de controle 

O MIP combina 6 métodos principais de controle para maximizar a eficiência e minimizar impactos negativos:

  1. Controle químico: uso de defensivos agrícolas de forma criteriosa e dentro das recomendações técnicas.
  2. Controle biológico: emprego de inimigos naturais, como parasitoides, predadores e microrganismos entomopatogênicos, para conter as pragas.
  3. Controle comportamental: alteração do comportamento das pragas por meio de feromônios e armadilhas.
  4. Controle varietal: plantio de variedades geneticamente resistentes ou tolerantes.
  5. Controle genético: métodos, como esterilização de insetos, para reduzir populações de pragas.
  6. Controle cultural: práticas agrícolas, como rotação de culturas, manejo de restos culturais e nutrição equilibrada das plantas.

A integração dessas estratégias é o diferencial do MIP. Por exemplo, o uso de controle biológico aliado a defensivos seletivos ajuda a preservar inimigos naturais enquanto combate pragas específicas.

A importância do MIP no cenário atual da agricultura 

Com o aumento da pressão de pragas resistentes, as mudanças climáticas e a necessidade de garantir a segurança alimentar global, o MIP tornou-se mais relevante do que nunca. Ele permite que o produtor enfrente esses desafios com um plano estruturado e soluções eficazes, minimizando riscos e maximizando resultados.

Adotar o MIP gera vantagens significativas para o produtor, a sociedade e o meio ambiente, contribuindo para a sustentabilidade da produção agrícola e a segurança alimentar.

Benefícios a curto prazo

  • Controle eficaz das populações de pragas: o monitoramento constante permite uma resposta eficiente às infestações, minimizando danos à lavoura.
  • Maior sanidade das plantas e potencial produtivo: com as pragas sob controle e sem o uso excessivo de um mesmo mecanismo de ação, as plantas se desenvolvem em condições mais equilibradas, com mais chances de alcançar uma produtividade elevada.

Benefícios a médio prazo

  • Diminuição do risco de pragas resistentes: a integração de diferentes métodos de controle impede que as pragas desenvolvam resistência, preservando a eficácia dos defensivos químicos e biológicos.
  • Sustentação de tecnologias agrícolas: o manejo cuidadoso favorece a longevidade de inovações, como sementes Bt, moléculas inseticidas e agentes biológicos, maximizando seus benefícios na lavoura.
  • Aumento da eficiência operacional: com intervenções mais precisas e baseadas em monitoramento técnico, os recursos são utilizados de forma otimizada, melhorando a logística de manejo.

Benefícios a longo prazo

  • Preservação da biodiversidade e dos recursos naturais: ao promover o equilíbrio ecológico, o MIP ajuda a manter os inimigos naturais das pragas e conserva os solos e os corpos hídricos, aumentando a resiliência da lavoura e melhorando o manejo safra após safra.
  • Garantia da segurança alimentar para futuras gerações: a prática sustentável assegura a continuidade da produção agrícola em volumes suficientes para atender à crescente demanda mundial por alimentos.
  • Maior aceitação em mercados internacionais: consumidores e importadores, especialmente da Europa e de outros mercados exigentes, valorizam produtos cultivados de forma sustentável, gerando vantagens competitivas para o produtor.

Ao integrar o MIP na gestão agrícola, o produtor protege sua lavoura e aumenta sua rentabilidade, além de contribuir para uma agricultura mais sustentável, que beneficia toda a cadeia produtiva e o meio ambiente.

Invista em um MIP estruturado e conte com o time Vittia

O Manejo Integrado de Pragas é a chave para uma agricultura sustentável, rentável e resiliente. No entanto, seus benefícios dependem diretamente de uma estratégia bem estruturada e de soluções eficientes.

Converse com o time Vittia e descubra como implementar um MIP de sucesso em sua propriedade. Com nossa expertise e um portfólio completo de soluções, você estará preparado para enfrentar os desafios do campo e colher os melhores resultados. 

Entre em contato agora e comece sua jornada rumo a uma produção integrada e eficiente.

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Notícias do Grupo

Dia Internacional das Mulheres na Ciência é marcado pela forte presença de pesquisadoras na área de P&DI da Vittia

A Companhia conta com 75% de presença feminina em sua área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.

Celebrado nesta terça-feira, 11 de fevereiro, o Dia Internacional das Mulheres na Ciência foi instituído pela Unesco e é uma oportunidade para reconhecer e celebrar as contribuições das mulheres no campo científico e tecnológico. Dentro de sua área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&DI) a Vittia, empresa brasileira de biotecnologia para defesa e nutrição de plantas, reafirma seu compromisso a valorização das mulheres na ciência e celebra um quadro majoritariamente feminino, com 75% de pesquisadoras mulheres.

“A cultura de inovação e resultados é impulsionada por uma equipe diversificada e altamente qualificada, formada predominantemente por mulheres. Essas profissionais desempenham um papel fundamental na condução de projetos inovadores e na busca por soluções para um agronegócio cada dia mais sustentável”, destaca Jéssica Brasau, Gerente de P&DI da Vittia.

Seus integrantes são técnicos, graduados, pós-graduados, mestres, doutores e pós-doutores em áreas como biotecnologia, engenharia, química, biologia, agronomia e bioprocessos. No ano, eles estiveram presentes como palestrante ou ouvintes em 23 eventos entre fóruns, simpósios e congressos nacionais e internacionais.

A manutenção de infraestruturas e equipe altamente qualificadas na área de Pesquisa & Desenvolvimento e Inovação (P&DI), combinada a contínuos investimentos, demonstra o protagonismo feminino na criação de valor e no cumprimento da estratégia de crescimento da Companhia.

“Nos últimos 20 anos, a participação feminina na ciência brasileira cresceu 29% e ainda há muito espaço a ser ocupado. Sabemos que ainda há desafios a serem superados e nos orgulhamos por contarmos com mulheres na condução de uma área tão importante dentro de nossa companhia”, destaca Jéssica.

Sobre a Vittia

A Vittia (BVMF:VITT3) nasceu com um propósito: cuidar das mais diferentes culturas do agronegócio brasileiro, levando produtividade, rentabilidade e aprimoramento do balanço socioambiental. A partir de uma cultura de cuidado e de inovação, a Vittia oferece soluções biotecnológicas para defesa e nutrição especial de plantas, contribuindo para uma agricultura cada dia mais produtiva e sustentável.

Com a maior fábrica de biológicos da América Latina e unidades industriais nos estados de São Paulo e Minas Gerais, a Vittia conta mais de 1.200 colaboradores, criando valor por meio da inovação e da ampliação de negócios com aquisições estratégicas no mercado.

O investimento constante em pesquisa, desenvolvimento e tecnologias garante um portfólio completo composto por fertilizantes biológicos, amplo portifólio de controle biológico – inseticidas, acaricidas, fungicidas, bactericidas e nematicidas e adjuvantes, suspensão concentrada, macro e micro, biofertilizantes e sais para a agricultura e pecuária.

O comprometimento com um ecossistema sustentável foi reconhecido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, por meio do Selo Mais Integridade, destinado a empresas que desenvolvem boas práticas de gestão de integridade, ética e sustentabilidade.

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Agricultores ganham apoio para triunfar sobre as doenças

Nos últimos anos, as doenças agrícolas têm desafiado produtores de diversas culturas no Brasil, causando perdas significativas na produtividade e aumentando os custos de manejo.

A resposta para esse cenário está na combinação de estratégias inteligentes e tecnologias avançadas que integram o manejo químico e biológico. E é nesse contexto que surge Triunfe®, o novo multissítio peso-pesado da Vittia, como uma solução revolucionária para os principais desafios fitossanitários do campo.

O manejo integrado de doenças (MID) é, hoje, a base da proteção sustentável das lavouras. Ele combina diferentes ferramentas – como rotação de culturas, uso de variedades resistentes, defensivos químicos e biológicos – para otimizar a produtividade e reduzir impactos ambientais.

No entanto, o MID requer soluções cada vez mais avançadas e diversificadas, devido ao desafio crescente do aumento da pressão de doenças e a resistência de patógenos às moléculas químicas utilizadas no manejo de plantas. Nesse contexto, Triunfe® se apresenta como uma inovação que combina alta eficiência, sustentabilidade e custo-benefício, oferecendo uma ótima estratégia para ajudar os produtores a controlarem doenças com eficácia comprovada.

Por dentro de Triunfe®: quais os diferenciais do novo multissítio peso-pesado da Vittia?

Triunfe® é um multissítio com formulação exclusiva de carbonato de cobre e enxofre, dois ativos reconhecidos por sua eficácia no controle de doenças. Sua formulação apresenta diferenciais inéditos no mercado, atendendo às demandas de uma agricultura moderna e eficiente.

modo de ação de triunfe®

  1. Mecanismo de ação revolucionário com ação protetora e curativa:
  • Proteção preventiva: forma uma camada uniforme sobre a superfície das folhas, prevenindo a penetração de fungos e bactérias.
  • Ação curativa: atua diretamente nos microrganismos já instalados. O cobre desestabiliza as membranas das células dos patógenos, provocando extravasamento celular e a morte do microrganismo. O enxofre complementa essa ação ao inibir o metabolismo e a respiração dos fungos e das bactérias.
  1. Redução do risco de resistência

Devido ao seu modo de ação multissítio, Triunfe® reduz drasticamente o risco de surgimento de populações resistentes, sendo uma ferramenta fundamental no manejo antirresistência.

  1. Formulação avançada e exclusiva
  • Uniformidade de partículas: garantida por um processo exclusivo, proporciona maior aderência e melhor distribuição na superfície foliar.
  • Estabilidade: compatível com diversos insumos, incluindo defensivos biológicos, com alto grau de aplicabilidade.
  • Efeito residual prolongado: alta resistência à chuva e maior duração da proteção, reduzindo a necessidade de reaplicações.

multissitio triunfe® vittia

Triunfe® tem eficácia comprovada nas principais culturas

Triunfe® foi desenvolvido para atender às necessidades específicas de diferentes culturas e suas principais doenças-alvo:

  • Soja: ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi)
  • Citros: cancro-cítrico (Xanthomonas citri subsp. citri)
  • Café: ferrugem-do-cafeeiro (Hemileia vastatrix)
  • Algodão: mancha-de-ramulária (Ramularia areola)
  • Tomate: pinta-preta ou mancha-de-alternária (Alternaria solani)

culturas alvo de triunfe®

Essas doenças impactam diretamente a produtividade e exigem soluções robustas e integradas. Com Triunfe®, os agricultores têm um aliado que proporciona controle eficaz, proteção prolongada e alta compatibilidade com outras práticas de manejo integrado.

Sustentabilidade e rentabilidade andando lado a lado

Uma das grandes inovações de Triunfe® é sua capacidade de aliar proteção eficaz à sustentabilidade ambiental. Com uma formulação mais concentrada e limpa, o produto reduz a dispersão de ingredientes ativos no meio ambiente, refletindo o compromisso da Vittia com uma agricultura mais sustentável.

Além disso, o rendimento operacional elevado de Triunfe® significa menor tempo de preparo, maior produtividade e um excelente custo-benefício para o produtor.

Triunfe® viabiliza uma nova maneira de proteger as lavouras, preservar o meio ambiente e maximizar os resultados, incorporando o que há de mais avançado em tecnologia multissítio e entregando uma solução que:

  • é eficaz contra um amplo espectro de doenças;
  • reduz o risco de resistência;
  • potencializa o uso de biológicos no manejo integrado;
  • alia produtividade e sustentabilidade.

Inovação em ação: assista ao vídeo comparativo

Para comprovar a eficiência de Triunfe®, preparamos um vídeo comparativo que mostra o preparo de calda ao lado de um concorrente. Nele, você verá como o produto VITTIA dispersa rapidamente, garantindo praticidade e eficiência no manejo.

Triunfe no campo e nos resultados!

O novo multissítio peso-pesado da Vittia representa o nosso compromisso em oferecer soluções de alta tecnologia para a agricultura brasileira, com o objetivo de ajudar os produtores a vencerem suas batalhas diárias. 

Sua compatibilidade com defensivos biológicos reforça o papel do manejo integrado, combinando o melhor dos mundos químico e biológico para maximizar a proteção das culturas e preservar o meio ambiente.

Com Triunfe®, os agricultores têm uma ferramenta confiável para superar os desafios no manejo de doenças agrícolas e triunfar de vez no campo. 

Ao investir em tecnologia de ponta, você protege sua lavoura, reduz perdas e potencializa seus lucros. Entre em contato com um representante Vittia e descubra como triunfar no seu manejo de doenças!

 

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Notícias do Grupo

Triunfe®, o novo multissítio da Vittia, inaugura categoria de produtos com composição inovadora, tem total compatibilidade com biológicos e reforça o compromisso da empresa com a agricultura sustentável

  • Ferrugem asiática (soja), mancha da ramulária (algodão), cancro cítrico (citros), ferrugem do cafeeiro (café) e mancha de alternária (tomate) são as doenças-alvo
  • Mais limpo e concentrado, ele tem composição inédita à base de cobre e enxofre
  • Triunfe® expressa o cuidado da Vittia com as lavouras, a terra e as pessoas

A Vittia coloca no mercado Triunfe®, multissítio inovador, que congrega os principais compromissos da empresa, que é focada na produção de insumos de alta tecnologia para ajudar a agricultura brasileira a produzir mais e melhor.

Composto por material mineral, Triunfe® tem compatibilidade total com os defensivos biológicos Vittia, potencializando o uso destes e reforçando a preocupação da empresa com produtos e o cuidado com as lavouras, a terra e as pessoas. Ele também reúne a inédita combinação de cobre e enxofre, com ação protetora e curativa, inaugurando uma classe de produtos. Além disso, é mais limpo que os demais multissítios disponíveis no mercado e, sendo mais concentrado, reduz significativamente a dispersão de ingrediente ativo no ambiente a partir do excelente rendimento operacional.

“Há outros diferenciais importantes. Sua formulação é estável e um processo exclusivo garante a uniformidade do tamanho das partículas. O risco de resistência é reduzido drasticamente devido à diversidade dos sítios de ação e à tripla função (preventiva, curativa e irradiante). Triunfe® apresenta alto efeito residual, tendo elevada e mais duradoura fixação na superfície foliar”, ressalta Edgar Zanotto, diretor de Marketing da Vittia.

Destaque, também, à inédita combinação de enxofre e cobre, elementos essenciais que têm ação de proteção e de controle de doenças que impedem a produtividade da planta. “Além de importante para nutrição, o enxofre atua nas atividades metabólicas das bactérias e dos fungos. E o cobre age na sua membrana, causando extravasamento celular. Em ambos os casos, a bactéria e os fungos morrem”, explica Zanotto.

A nova solução da Vittia é eficaz contra ferrugem asiática (soja), mancha de ramulária (algodão), mancha de alternária (tomate), cancro cítrico (citros) e ferrugem do cafeeiro (café), sendo um aliado-chave para combater as doenças e melhorar a produtividade das lavouras.

“A prioridade da Vittia é desenvolver soluções efetivas e seguras, que efetivamente contribuem para o aumento da produtividade no campo. Com Triunfe®, colocamos à disposição dos agricultores um multissítio moderno, eficaz e altamente seguro. Nos orgulhamos de oferecer essa tecnologia, contribuindo para o sucesso da agricultura brasileira e da produção de alimentos”, assinala Edgar Zanotto.

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VITTIA vence o 26º Prêmio Abrasca de Melhor Relatório Anual

A premiação reconhece os melhores relatórios anuais do país a partir da análise de critérios de transparência, qualidade e inovação.

A Vittia, empresa brasileira de biotecnologia (defensivos biológicos e inoculantes) e nutrição especial de plantas com soluções para diversas culturas agrícolas, é vencedora do 26º Prêmio Abrasca de Melhor Relatório Anual na categoria Companhias Abertas Grupo 2 – receita líquida até R$ 3 bilhões. O anúncio foi realizado nesta quinta-feira, 12 de dezembro, na Arena B3, no Centro de São Paulo.

Realizado pela Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) em parceria com a B3, a premiação reconhece as melhores práticas de reporte corporativo realizados no país por meio dos Relatórios Anuais. O Relatório de Sustentabilidade Vittia traduz o compromisso da Companhia com a transparência e permite o acompanhamento das evoluções para a consolidação de um negócio cada vez mais sustentável.

“Cada um dos tópicos foi vinculado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pelas Organização das Nações Unidas (ONU), a serem alcançados até 2030. Compartilhamos a cultura interna, estratégia, governança, políticas e objetivos e metas corporativos a partir de diretrizes internacionais da Global Reporting Initiative (GRI), da Sustainability Accounting Standards Board (SASB),e  International Integrated Reporting Council (IIRC), afirma Ana Laura Pavan, Coordenadora de RI e Sustentabilidade da Vittia.

Nesta edição da premiação, que reconhece as publicações que se destacam pela clareza, transparência, qualidade e riqueza das informações, incluindo aspectos de inovação e desempenho socioambiental, mais de 150 relatórios foram inscritos para as três categorias do prêmio, entre companhias abertas, fechadas e organizações não empresariais.

Comunicado Abrasca, no texto: Somos ganhadores do 26º prêmio Abrasca. Fomos reconhecidos na categoria Companhias Abertas - Grupo 2 (receita líquida abaixo de 3 bilhões)

“A Cultura do Cuidado Vittia se estende a todas as nossas relações. Estar entre as grandes organizações finalistas já foi um grande reconhecimento. Receber o prêmio de nossa categoria nos orgulha e nos lembra do compromisso que temos com a construção de uma trajetória de crescimento e aperfeiçoamento. O compartilhamento de ideias e experiências é indispensável para cultivarmos soluções inteligentes e eficientes, relacionamentos saudáveis e éticos. Assim, geramos impactos positivos e perenes, finaliza Ana Laura.

Liderado pela área de Sustentabilidade com publicação em junho, o Relatório de Sustentabilidade Vittia é realizado desde 2016 e está disponível no site.

Sobre a Vittia

A Vittia (BVMF:VITT3) nasceu com um propósito: cuidar das mais diferentes culturas do agronegócio brasileiro, levando produtividade, rentabilidade e aprimoramento do balanço socioambiental. A partir de uma cultura de cuidado e de inovação, a Vittia oferece soluções biotecnológicas para defesa e nutrição especial de plantas, contribuindo para uma agricultura cada dia mais produtiva e sustentável.

Com a maior fábrica de biológicos da América Latina e unidades industriais nos estados de São Paulo e Minas Gerais, a Vittia conta mais de 1.200 colaboradores, criando valor por meio da inovação e da ampliação de negócios com aquisições estratégicas no mercado.

O investimento constante em pesquisa, desenvolvimento e tecnologias garante um portfólio completo composto por fertilizantes biológicos, amplo portifólio de controle biológico – inseticidas, acaricidas, fungicidas, bactericidas e nematicidas e adjuvantes, suspensão concentrada, macro e micro, biofertilizantes e sais para a agricultura e pecuária.

O comprometimento com um ecossistema sustentável foi reconhecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente, por meio do Selo Agro+ Integridade, destinado a empresas que desenvolvem boas práticas de gestão de integridade, ética e sustentabilidade.

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Práticas de conservação do solo durante o vazio sanitário. Cuidando da biota dos solos!

A produção de grãos brasileira é mundialmente reconhecida. O Brasil permanece, safra após safra, em posições de liderança, como maior produtor e exportador de grãos do mundo, disputando esse lugar de destaque com outros grandes países produtores, como Estados Unidos e China.

Em trinta anos, o país e o mundo viram a produtividade brasileira saltar expressivamente, as exportações baterem recordes e a fatia da participação das commodities na economia do Brasil crescerem substancialmente.

Contudo, sustentar esses números conquistados pelos agricultores brasileiros é um desafio, ainda mais em anos como o da safra 2023/24. Marcada pela forte ocorrência do El Niño, a última safra passou por diversos eventos climáticos extremos que provocaram perdas significativas na produtividade de muitas culturas.

Diante desse cenário, o agricultor precisa estar sempre atento às práticas de manejo que vão além da proteção dos cultivos, como é o caso do vazio sanitário, uma medida consolidada por força de lei, amplamente difundida e aplicada no país.

Além de possibilitar o controle de doenças e pragas dentro dos sistemas produtivos, o vazio sanitário também representa uma janela de oportunidade, uma vez que, nesse período em que a cultura principal não pode estar presente no campo, o agricultor pode empregar técnicas de manejo para cuidar de seu maior patrimônio: o solo.

Qual a importância do vazio sanitário para a cultura da soja?

vazio sanitario

O vazio sanitário é uma medida que visa guardar a produção agrícola do país, sendo seu alvo principal a cultura da soja

Contudo, ao possibilitar uma redução da pressão de ocorrência de doenças e pragas dentro dos sistemas produtivos, por meio do impedimento legal da plantação de soja, essa medida também beneficia as outras culturas que são comumente cultivadas em sucessão a ela, como algodão, cana-de-açúcar, feijão, milho, trigo etc.

Publicadas em 13 de maio de 2024, por meio da Portaria SDA/MAPA nº 1.111, as datas de  vazio sanitário e o calendário de semeadura da soja para a safra de 2024/25 correspondem a um período de 90 dias em que não se pode haver nenhuma planta viva, cultivada ou voluntária, dessa cultura no campo.

Esse período se baseia no fato de que o tempo máximo de sobrevivência das estruturas reprodutivas do fungo causador da principal doença da soja no mundo, a ferrugem-asiática – causada pelo fungo biotrófico Phakopsora pachyrhizi – é de até 55 dias.

O vazio sanitário corresponde, portanto, a uma técnica de manejo preventivo vital para controlar a incidência de doenças e a população de pragas que migram entre as culturas de interesse econômico, e mitigar os riscos que podem levar à redução da produtividade ou até mesmo a quebras de produção dessas culturas.

Por isso, é essencial que os agricultores estejam cientes da importância dessa prática e, além disso, da janela de oportunidade que ela representa, utilizando esse tempo de entressafra para empregar técnicas de manejo do solo que podem possibilitar um incremento na produtividade de seus sistemas produtivos.

E qual é a importância de um manejo conservacionista do solo?

conservação do solo

O solo é um dos principais recursos da agricultura, pois serve como a base onde a produção de alimentos é possível ao fornecer suporte estrutural, água e nutrientes para plantas cultivadas, sendo amplamente considerado o segundo fator mais importante na agricultura, logo atrás do clima.

O incremento ou a manutenção da produtividade dos sistemas produtivos em climas tropicais muito provém do manejo dos solos

Inicialmente, a fertilização dos solos aumenta sua produtividade, mas, com o tempo e, eventualmente, o negligenciamento do manejo, problemas como erosão, compactação, redução da matéria orgânica e da atividade microbiológica podem comprometer a estabilidade desse ganho ou, ainda, em cenários mais alarmantes, representar uma queda na produção.

Um manejo benéfico de solos é composto por práticas que vão desde o melhor aproveitamento dos nutrientes, passam pela preservação da microbiota ali presente, até a mitigação da ocorrência de compactação e erosão, o que ajuda a controlar a incidência de plantas daninhas.

Mas, para isso, é preciso compreender o cenário como um todo, conhecendo os pilares que compõem a sustentabilidade dos atributos do solo.

Quais são os pilares que compõem a sanidade do solo?

A saúde do solo é o elemento essencial que possibilita a produtividade dos ecossistemas, representada por uma interação complexa de fatores físicos, químicos e biológicos. Esses três pilares são essenciais para manter a fertilidade, a estrutura e a funcionalidade do solo, sendo eles:

  • Físico: estrutura, agregação, aeração, infiltração e capacidade de armazenamento de água do solo.
  • Químico: disponibilidade de nutrientes, pH, equilíbrio de nutrientes, ausência de elementos tóxicos e formação de um perfil favorável ao desenvolvimento radicular do solo.
  • Biológico: diversidade de micro e macrorganismos, ciclagem e biodisponibilidade de nutrientes, supressão de patógenos e capacidade de promoção do crescimento vegetal proporcionado pelo solo.

Contudo, cada um desses elementos pode ser afetado caso o manejo do solo seja negligenciado, sendo representado por um dos desafios a seguir:

Desafios do manejo físico do solo: erosão e compactação

A erosão é o fenômeno de perda do solo, o que inclui a remoção de nutrientes, matéria orgânica e organismos vivos. Apesar de ser um processo natural que contribui para a renovação dos solos, quando em descontrole, a erosão consiste num processo de degradação do solo.

No Brasil, estima-se que mais de 500 milhões de toneladas de solo sejam perdidas anualmente. Quando ocorrem nos primeiros centímetros do solo, que são os mais férteis, essas perdas representam ainda mais prejuízos para a agricultura.

Os prejuízos causados pelos processos erosivos são evidentes, principalmente na redução da fertilidade do solo nas áreas afetadas, além do assoreamento e da poluição de rios, tanto interiores quanto marinhos, devido ao transporte contínuo de materiais orgânicos e minerais para os corpos d’água. 

Já a compactação do solo, geralmente, ocorre como consequência não desejada da mecanização. Ocasionada pelo tráfego frequente e localizado ou, ainda, pelo revolvimento intensivo do solo, a compactação pode interferir negativamente no desenvolvimento das plantas ao tornar o solo menos propício para o crescimento das raízes.

O tráfego excessivo, associado ao crescente aumento de tamanho e peso dos equipamentos, muitas vezes sem o ajuste proporcional da largura dos pneus, pode provocar compactação do solo em diversos sistemas de manejo, alterando a estrutura do solo, ao afetar diretamente sua densidade e porosidade, e impactando na infiltração de água, no crescimento das raízes e na produtividade das culturas instaladas.

Desafios do manejo químico do solo: plantas daninhas

Foto: EMBRAPA.

O manejo de plantas daninhas em cultivos agrícolas no período de entressafra é tão crucial quanto no período da safra, uma vez que as plantas daninhas não apenas competem eficientemente por recursos como água, luz e nutrientes, mas também podem servir como hospedeiras secundárias para pragas e doenças, facilitando a perpetuação delas nos sistemas produtivos. 

Por isso, o controle de plantas daninhas pode ser considerado uma estratégia dentro do manejo integrado de pragas e doenças, afetando indiretamente a sanidade de culturas de interesse econômico.

Contudo, o controle de certas espécies de plantas daninhas pode ser desafiador devido à resistência a herbicidas e aos altos índices de germinação dessas plantas. Nesse sentido, o emprego de uma cobertura adequada do solo durante a entressafra é essencial para prevenir a emergência e o crescimento dessas plantas, bem como sua subsequente produção de sementes, que contribuem para a manutenção do banco de sementes no solo.

Desafios do manejo biológico do solo: a microbiota

A microbiota do solo, também conhecida como biota do solo, consiste na variedade de microrganismos presentes no solo, tais como: bactérias, fungos, vírus, protozoários e nematoides de vida livre, entre outros. 

Esses organismos desempenham um papel crucial na sustentabilidade e na produtividade do solo, sendo essenciais para a saúde dos ecossistemas agrícolas. Por isso, manter uma microbiota saudável no solo é vital para o sucesso da agricultura e proporciona benefícios consideráveis tanto para a produção agrícola quanto para o meio ambiente.

A função principal da microbiota do solo é a decomposição da matéria orgânica, processo que transforma os resíduos orgânicos em nutrientes assimiláveis pelas plantas. Além disso, contribuem para a fixação de nitrogênio e ajudam a proteger as plantas contra pragas e doenças, fortalecendo, assim, a resiliência das culturas a essas e outras adversidades.

A saúde do solo está intrinsecamente conectada à existência de uma microbiota diversificada e ativa. Além dos benefícios já mencionados, os microrganismos no solo também são fundamentais para melhorar a estrutura do solo, pois aumentam a sua capacidade de reter água e reduzem o risco de erosão.

Por isso, é essencial preservar e construir uma microbiota saudável no solo, a fim de assegurar sua fertilidade e sustentabilidade por um longo período. Nesse sentido, quais são as práticas de manejo integrado de conservação dos solos que os agricultores podem adotar durante o vazio sanitário?

Como aproveitar o período do vazio sanitário para implementar um manejo conservacionista do solo?

A conservação do solo abrange um conjunto de práticas de manejo pensadas para preservar ou restaurar as características físicas, químicas e biológicas do solo. Essas práticas são implementadas por meio de manejos que visam mitigar os efeitos dos fatores que contribuem para a degradação do solo e os processos erosivos.

Para um manejo racional do solo, é importante adotar práticas que otimizem suas potencialidades ao mesmo tempo que são ambientalmente sustentáveis, economicamente viáveis e socialmente justas. Tais como:

Plantio de plantas de cobertura

O plantio de plantas de cobertura no solo é uma técnica de manejo que consiste em utilizar plantas para cobrir a superfície do solo.

O uso de culturas de cobertura durante a entressafra pode melhorar significativamente as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. Essas culturas também ajudam no controle de plantas daninhas, pragas, doenças e nematoides, além de aumentarem o teor de matéria orgânica, protegerem contra a erosão e apoiarem o sistema de plantio direto.

Além disso, a cobertura do solo é benéfica para o meio ambiente, pois aumenta o sequestro de carbono e reduz as emissões de gases de efeito estufa, auxiliando na mitigação das mudanças climáticas.

O emprego das plantas de cobertura também contribui significativamente com:

  • a geração de renda;
  • a reciclagem de nutrientes;
  • o manejo conservacionista do solo;
  • a produção de matéria orgânica;
  • a descompactação do solo;
  • o manejo integrado de plantas daninhas, pragas, doenças e nematoides.

Devido às diversas condições climáticas e ambientais no Brasil, é importante que a escolha das culturas de cobertura seja adaptada especificamente para cada região, evitando generalizações. 

É essencial compreender também quais culturas são mais adequadas para o verão e quais são ideais para a cobertura no inverno.

A seleção de espécies de cobertura deve considerar o ambiente e a cultura subsequente e, após essa análise, o produtor pode definir sua estratégia de rotação de culturas, enriquecendo o sistema produtivo com a escolha da planta mais apropriada. 

Emprego da rotação de culturas

conservação do solo

A rotação de culturas é uma prática agrícola que consiste em alternar diferentes tipos de culturas em um mesmo campo ao longo de um determinado período de tempo. Essa prática é benéfica por várias razões: 

  • melhora a fertilidade do solo,
  • diminui a erosão,
  • ajuda no controle de pragas e doenças 
  • eleva a produtividade das lavouras.

Além disso, a rotação de culturas contribui para a diversificação dos cultivos, fortalecendo a capacidade dos sistemas agrícolas de se adaptarem a variações climáticas.

A rotação de culturas durante a entressafra também pode ser implementada para gerar receita. Essa abordagem prioriza culturas que podem proporcionar retorno econômico ao agricultor. Comumente, são plantadas espécies que produzem grãos e cereais, ou biomassa utilizada na alimentação animal.

De outra forma, as culturas de cobertura selecionadas podem também proporcionar retorno financeiro, mas podem ser escolhidas principalmente por seus benefícios agronômicos, como o manejo de nematoides, a descompactação do solo, e sua capacidade de não servir como hospedeiros secundários para pragas e doenças.

Em ambos os cenários, a rotação de culturas protege o solo, evitando que a lavoura fique ociosa. Além disso, essa prática ajuda a reduzir a disseminação de plantas daninhas e a combater o banco de sementes indesejadas para a próxima safra.

Finalmente, a rotação de culturas enriquece o solo com matéria orgânica de alta qualidade, o que melhora a retenção de água e a disponibilidade de nutrientes para as plantas.

De modo geral, essas duas práticas de manejo, o emprego de plantas de cobertura e  a rotação de culturas, são indispensáveis quando a meta é realizar o bom manejo de entressafra.

O vazio sanitário oferece uma janela de oportunidade ideal para a realização desses manejos, pois, uma vez que as lavouras estão impossibilitadas de terem sua cultura principal presente, os agricultores podem executar essas medidas conservacionistas visando cuidar do solo para, assim, terem melhores condições de manter ou ainda de incrementar sua produtividade.

E, para ficar por dentro das melhores recomendações de cuidado para a sua lavoura, confira os outros conteúdos do Blog Vittia.

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Notícias do Grupo

Vittia conquista Selo Mais Integridade pelo quinto ano consecutivo

Conferido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), o Selo reconhece as boas práticas de responsabilidade social, ambiental e ética de empresas do agronegócio.

Pelo quinto ano consecutivo, a Vittia, empresa brasileira de biotecnologia, defesa e nutrição especial de plantas, conquistou o Selo Mais Integridade, conferido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), que reafirma as boas práticas em sua gestão. A certificação foi criada pelo MAPA – Ministério da Agricultura e da Pecuária para reconhecer empresas do agronegócio brasileiro com iniciativas com enfoque na responsabilidade social, sustentabilidade ambiental, ética e integridade.

Com o propósito de fornecer soluções para o agronegócio, a partir de relações éticas, transparentes e uma cultura de desenvolvimento contínuo de todas as suas operações, a Vittia recebe o reconhecimento pelo quinto ano consecutivo, resultado do compromisso com a sustentabilidade, responsabilidade social, ética e integridade.

Para Edgar Zanotto, Diretor de Marketing da Vittia, este selo evidencia a cultura de cuidado e inovação que guia as iniciativas da empresa. “Sustentabilidade e Integridade são valores inegociáveis de nosso negócio, que nasceu para potencializar o agronegócio brasileiro, a partir de soluções desenvolvidas com alta tecnologia para proporcionar o desenvolvimento de uma agricultura cada dia mais produtiva e sustentável”, finaliza Edgar Zanotto.

Sobre a Vittia

A Vittia, empresa brasileira de biotecnologia e nutrição especial de plantas, com soluções para diversas culturas agrícolas, está presente há 53 anos no país com a missão de permitir aos produtores ganhos de rentabilidade por área e melhoria do balanço socioambiental, entregando excelência em produtos e serviços para a agricultura.
Sempre expandindo sua atuação a favor do agronegócio por meio de pesquisa, tecnologia e desenvolvimento, a empresa, dedicada à produção de insumos de alta tecnologia para a agricultura, conta com diversos produtos nas linhas de adjuvantes, inoculantes (fertilizantes biológicos), acaricidas, controle biológico, fertilizantes foliares, fertilizantes organominerais, condicionadores de solo, micronutrientes granulados para solo e sais para a agricultura e pecuária.

A Vittia possui três unidades industriais localizadas em São Joaquim da Barra, além de unidades em Serrana, Ituverava e Artur Nogueira, no estado de São Paulo, e em Paraopeba e Patos de Minas, no estado de Minas Gerais. Atualmente, conta com cerca de 1.200 colaboradores entre equipes administrativas, de produção e especialistas de campo. Comprometida com os princípios da sustentabilidade, a empresa visa criar valor por meio da inovação e ampliação de negócios com aquisições estratégicas no mercado. Em 2023, a receita líquida da empresa foi de R$ 756 milhões.

Além disso, a Vittia recebeu do MAPA o Selo Mais Integridade, que se destina a premiar empresas do agronegócio que, reconhecidamente, desenvolvem boas práticas de gestão de integridade, ética e sustentabilidade.

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Notícias do Setor

Como os produtos biológicos estão elevando a produtividade?

Na busca incessante por soluções agrícolas que atendam às demandas crescentes da população global e, ao mesmo tempo, respeitem os limites do meio ambiente, os produtos biológicos têm se destacado como resposta. Nos últimos anos, testemunhamos um notável crescimento na adoção de biofertilizantes e biodefensivos, estabelecendo uma nova abordagem mais integrada e inteligente ao manejo agrícola. 

No Brasil, por exemplo, o crescimento só em 2020 foi superior à média global (30% versus 14,4%), mas produtores de todas as partes do mundo estão reconhecendo os benefícios inegáveis dos produtos biológicos. De acordo com especialistas, o uso de bioinsumos movimentou cerca de US$ 827 milhões na safra 2022/23 – 52% a mais que no ciclo 2021/22 (US$ 547 milhões), com os biodefensivos subindo de US$ 15,071 bilhões para US$ 20,772 bilhões, um aumento de cerca de 38% na moeda americana.

E a tendência é que esse crescimento continue, principalmente nas lavouras brasileiras, considerando que, segundo a Forbes, o Brasil se consolidou como líder mundial em produtos biológicos

Nesse cenário, fica fácil entender como a produção agrícola brasileira tem superado recordes e conquistando novas posições no ranking mundial de diversas commodities. A adoção de novas tecnologias, incluindo a utilização dos diversos produtos biológicos com função de proteção ou indução de resistência a diferentes estresses nas plantas, tem contribuído para o alcance de novos patamares de produtividade.

Segundo a CropLife Brasil, a associação de biológicos com inseticidas tem a capacidade de aumentar a eficácia do controle de pragas de 50% para mais de 90%. Estudos realizados em lavouras que utilizaram produtos biológicos associados a defensivos químicos indicaram um acréscimo na produção de 775kg/ha em lavouras de milho e 400kg/ha em lavouras de soja.

Os números comprovam: a tecnologia de ponta dos biológicos abriu um novo caminho para os agricultores, com benefícios a curto, médio e longo prazo que refletem em produtividade, qualidade e rentabilidade.

O impacto dos biodefensivos no manejo de pragas, doenças e nematoides 

Os biodefensivos estão abrindo portas para uma nova abordagem de manejo que vai além do controle. Os agentes biológicos também desempenham um papel crucial na manutenção do equilíbrio natural nos ecossistemas agrícolas.

Quanto mais esse equilíbrio é respeitado e estimulado, menos intervenções são necessárias. Ou seja, a tendência é de redução dos custos de produção pela menor necessidade de aplicações químicas e menor degradação do solo na lavoura.

Manejo Integrado de Pragas (MIP)

Os biodefensivos desempenham um papel crucial no Manejo Integrado de Pragas (MIP), uma abordagem holística que visa equilibrar estratégias de controle biológico, químico e cultural. No contexto dos biodefensivos, isso se traduz em:

  • Controle biológico: introdução de agentes benéficos, como predadores, parasitoides e microrganismos antagonistas, para suprimir as populações de pragas de forma sustentável. Esses agentes podem ser classificados como microbiológicos, como vírus, bactérias e fungos, e macrobiológicos, como ácaros e insetos. 
  • Respeito pela biodiversidade: biodefensivos promovem a biodiversidade agrícola, criando um ambiente propício para inimigos naturais das pragas prosperarem.

Manejo Integrado de Doenças (MID) 

Os biodefensivos também desempenham um papel fundamental no manejo integrado de doenças nas lavouras, oferecendo estratégias inovadoras para reduzir a incidência e a severidade de patógenos. Aspectos relevantes incluem:

  • Controle microbiológico: utilização de microrganismos antagonistas, como fungos entomopatogênicos e bactérias benéficas, para suprimir patógenos.
  • Estímulo à resistência das plantas: biodefensivos podem atuar como indutores de resistência nas plantas, fortalecendo seus mecanismos naturais de defesa contra doenças.

Manejo de nematoides

Os nematoides representam uma ameaça persistente às culturas, e os biodefensivos oferecem abordagens específicas para seu controle eficaz:

  • Nematófagos e bactérias benéficas: biodefensivos contendo nematófagos e bactérias benéficas, como Bacillus spp., podem controlar populações de nematoides parasitas, reduzindo seus impactos nas raízes das plantas.
  • Melhoria da qualidade do solo: ao controlar nematoides de maneira biológica, os biodefensivos contribuem para a saúde e a qualidade do solo, preservando a estrutura e a funcionalidade do ecossistema do solo.

Manejo antirresistência 

O surgimento da resistência a pesticidas e fungicidas por parte das pragas e patógenos tem sido um desafio constante na agricultura moderna, exigindo abordagens diversificadas para preservar a eficácia das estratégias de controle.

Nesse contexto, os biodefensivos surgem como aliados do manejo antirresistência, oferecendo uma série de benefícios que contribuem para a sustentabilidade da produção agrícola a longo prazo:

  • Diversidade de mecanismos de ação: ao contrário de muitos defensivos tradicionais, que têm, muitas vezes, alvos específicos e podem ser suscetíveis ao desenvolvimento de resistência, os biodefensivos frequentemente atuam por meio de múltiplos modos de ação. Isso cria um ambiente desafiador para o desenvolvimento de resistência por parte dos organismos-alvo.
  • Rotação de produtos: a rotação de produtos é uma estratégia fundamental no manejo antirresistência, e os biodefensivos são uma alternativa inteligente para implementar essa prática. A possibilidade de alternar entre químicos e biológicos reduz a pressão seletiva sobre as populações de pragas, doenças e nematoides, diminuindo a probabilidade de desenvolvimento de resistência.

Além da associação químicos + biológicos, é possível ter uma lavoura altamente produtiva e 100% biológica?

A possibilidade de unir os dois tipos de manejo (químico + biológico) amplia as estratégias dos produtores na proteção da lavoura. No entanto, o desenvolvimento de um portfólio de alta performance, com soluções integradas e sinérgicas, já tem demonstrado resultados surpreendentes por meio do manejo 100% biológico – esse é o caso das lavouras do projeto BioVittia!

Confira um dos diversos depoimentos sobre esse programa que tem dado o que falar entre os produtores: 

O projeto BioVittia investe em sustentabilidade, contribui com a melhoria do balanço socioambiental e obtém ganhos de rentabilidade por área para um legado produtivo. Com um manejo de proteção 100% BioVittia é possível melhorar o solo, a eficiência das plantas e a produtividade sem deixar resíduos nas colheitas.

Esse programa promove a substituição parcial ou total do manejo convencional (defensivos químicos) para um cultivo 100% baseado em tecnologias Vittia de controle biológico. O objetivo principal é provar e dar visibilidade à eficiência dos biodefensivos e, por consequência, introduzi-los em um manejo integrado de pragas e doenças.

Hoje, temos mais de 50 áreas-teste em diversas regiões do Brasil, com diferentes culturas. Alguns desses campos já estão em manejo 100% biológico. Em outros deles, onde as condições iniciais não possibilitaram ainda a condução a 100%, a substituição avança progressivamente, com redução de pelo menos 70% em produtos químicos.

soja biovittia
Soja 100% BioVittia em Bom Sucesso (PR).
Padrão Fazenda vs. Milho 100% BioVittia em Bom Sucesso (PR).
Padrão Fazenda vs. Milho 100% BioVittia em Bom Sucesso (PR).
milho biovittia
Milho 100% BioVittia em Bom Sucesso (PR).
feijão biovittia
Feijão preto 100% BioVittia em Ponta Grossa (PR).

culturas biovittia

O projeto BioVittia aponta para o futuro, momento em que as lavouras precisarão ser mais eficientes com o menor impacto possível para atender às demandas mundiais e proteger a longevidade da agricultura, com rentabilidade para o produtor. 

Quer saber mais sobre os resultados desse projeto? Acesse a página oficial BioVittia para conferir depoimentos e mais informações, além de um espaço para dúvidas e contato. 

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biovittia

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Controle Biológico

Doenças foliares na soja e o poder dos fungicidas biológicos

O cenário de manejo fitossanitário das lavouras está mudando: de acordo com Pesquisadores da área de Fitopatologia e Biológicos da Fundação MT, os sojicultores enfrentaram maior ocorrência de doenças foliares na soja na safra 2022/23.

Considerando os impactos do El Niño nas condições climáticas, a realidade das lavouras na safra 2023/24 é não só de maior pressão de patógenos pelo favorecimento da condição de desenvolvimento dessas ameaças, como também de ocorrência antecipada, como os casos registrados de adiantamento da incidência de ferrugem-asiática da soja.

Doenças como a ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi) e a mancha-alvo (Corynespora cassiicola) estiveram entre as maiores preocupações na safra 2022/23, mas a lista de patógenos favorecidos pelas condições climáticas verificadas nas principais regiões produtoras vai além.

Tradicionalmente, o manejo dessas doenças dependia fortemente de fungicidas químicos – uma abordagem eficaz, mas muitas vezes associada a preocupações ambientais e resistência patogênica, com redução na eficiência de diversos produtos. 

No caso da ferrugem-asiática da soja, por exemplo, já existem relatos de resistência do patógeno aos fungicidas químicos disponíveis no mercado. Para evitar problemas como esse, realizar o manejo integrado é fundamental.

Nesse contexto, os fungicidas biológicos surgem como protagonistas em uma narrativa de manejo mais sustentável e altamente eficaz, oferecendo uma solução inovadora e respeitosa ao agroecossistema para o MID (Manejo Integrado de Doenças), com benefícios que perduram a longo prazo.

A Vittia conta hoje com um projeto “100% BioVittia”, que trata doenças e pragas das diferentes culturas apenas com defensivos biológicos, mostrando aos produtores que é possível realizar um manejo eficiente dessas pragas de forma segura para o meio ambiente, além de não deixar resíduos nos alimentos. 

As principais doenças foliares na soja 

Diversas doenças foliares representam um desafio constante para os sojicultores, impactando diretamente a produtividade e a qualidade dos grãos e a rentabilidade da safra. Dentre as principais ameaças, podemos destacar:

  • Antracnose

A antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum truncatum, apresenta sintomas como manchas necróticas nas folhas, caules e vagens da soja. Essas lesões podem se fundir, levando à desfolha prematura e comprometendo a saúde geral da planta. O controle efetivo da antracnose é vital para prevenir perdas significativas de rendimento.

antracnose doença foliar na soja
Figura 1. Sintomas causados pelo fungo Colletotrichum truncatum observados nas folhas da soja.
  • Mancha-alvo

A mancha-alvo, causada pelo fungo Corynespora cassiicola, caracteriza-se por lesões circulares com um centro mais claro e uma borda escura, semelhante a um alvo. Essa doença pode afetar todas as partes da planta, incluindo folhas, hastes e vagens, contribuindo para a redução da eficiência fotossintética e, consequentemente, para a diminuição do rendimento.

mancha-alvo doença foliar na soja
Figura 2. Sintomas causados pelo fungo Corynespora cassiicola observados nas folhas da soja
  • Ferrugem-asiática

A ferrugem-asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, é uma das doenças mais significativas da soja. Apresenta-se em forma de manchas de coloração marrom nas folhas, que eventualmente se transformam em pústulas de esporos, resultando em danos extensos e rápida propagação. 

ferrugem asiática doença foliar na soja
Figura 3. Sintomas causados pelo fungo Phakopsora pachyrhizi observados nas folhas da soja.
  • Oídio

O oídio, causado pelo fungo Golovinomyces cichoracearum, é uma doença que se manifesta como um revestimento branco ou acinzentado nas folhas, afetando a capacidade da planta de realizar a fotossíntese. Essa condição compromete o desenvolvimento adequado da soja e pode resultar em perdas substanciais se não for controlada.

oídio doença foliar na soja
Sintomas causados pelo fungo Golovinomyces cichoracearum observado nas folhas de soja. Fonte: Embrapa.

Fungicidas biológicos entram em campo para virar o jogo contra as doenças foliares na soja 

Os fungicidas biológicos representam uma revolução no manejo de doenças foliares na soja, oferecendo uma alternativa sustentável aos fungicidas químicos convencionais. 

Diferentemente dos produtos químicos, os fungicidas biológicos são derivados de organismos vivos, como bactérias, fungos, vírus e enzimas, que interagem de maneira específica com os patógenos. Essa abordagem inovadora tem se destacado como uma resposta promissora aos desafios ambientais e à resistência crescente aos fungicidas tradicionais.

A utilização de bioinsumos para a proteção das lavouras tem demonstrado um crescimento constante no Brasil, com níveis superiores aos registrados em outros países. Isso devido a benefícios como:

  • Complementaridade e sinergia para o manejo integrado de doenças (MID)

Uma estratégia eficaz para o manejo de doenças foliares na soja é a integração dos fungicidas biológicos com os químicos. Essa abordagem complementar permite tirar vantagem da especificidade dos biológicos e da ação dos químicos. Enquanto os fungicidas químicos oferecem uma resposta imediata, os biológicos atuam de maneira mais sustentada, reduzindo a pressão seletiva sobre os patógenos e contribuindo na construção da sanidade da lavoura.

  • Redução de resíduos e impactos ambientais

Os fungicidas biológicos são conhecidos por sua degradação mais rápida e menor persistência no ambiente em comparação com os produtos químicos. Essa característica resulta em uma redução significativa na quantidade de resíduos nos solos e corpos d’água, contribuindo para a preservação da biodiversidade e a saúde do ecossistema agrícola.

  • Preservação da eficiência dos fungicidas

Ao incorporar fungicidas biológicos no manejo, os agricultores podem contribuir com a resistência das plantas aos patógenos, além de minimizar a pressão seletiva causada pelos químicos, reduzindo a probabilidade de seleção de populações resistentes por meio da rotação de defensivos. 

  • Melhoria da qualidade do solo

Muitos fungicidas biológicos, como os baseados em Bacillus subtilis, têm efeitos benéficos adicionais, como a promoção do crescimento das plantas e a melhoria da qualidade do solo por preservar os micro-organismos presentes ali. Isso não apenas contribui para a saúde das plantas de soja, mas também fortalece o sistema agrícola como um todo.

  • Sustentabilidade a longo prazo

A integração de fungicidas biológicos no manejo de doenças foliares na soja não se limita a benefícios imediatos, mas também promove práticas sustentáveis a longo prazo. A redução da dependência de fungicidas químicos tradicionais contribui para um sistema agrícola mais equilibrado e resiliente.

Bio-Imune®: o primeiro multissítio biológico registrado no Brasil para ferrugem da soja

Bio-Imune® é um fungicida e bactericida microbiológico desenvolvido pela Vittia que se destaca por oferecer uma abordagem abrangente no manejo de doenças da parte aérea da planta, com os seguintes modos de ação:

  • Proteção: sendo aplicado de forma antecipada.
  • Erradicação: atuando como um curativo de doenças.
  • Indutor de resistência: tornando as plantas mais resistentes à entrada de patógenos e aos estresses climáticos.
  • Efeito fitotônico: atua de forma hormonal no metabolismo das plantas.

Além de ser o primeiro multissítio biológico registrado para ferrugem da soja, também tem eficácia comprovada contra:

  • Alternaria solani
  • Xanthomonas vesicatoria
  • Uncinula necator 
  • Colletotrichum truncatum
  • Hemileia vastatrix
  • Colletotrichum acutatum
  • Colletotrichum gloeosporioides
  • Pseudomonas syringae pv. garcae
  • Pseudomonas syringae
  •  Phakopsora pachyrhizi
  •  Colletotrichum lindemuthianum
  •  Corynespora cassiicola
  •  Botrytis cinerea
  •  Sclerotinia sclerotiorum
  •  Phaeosphaeria maydis
  • Xanthomonas citri subsp. citri
  •  Aspergillus ochraceus
  • Ramularia areola
  • Colletotrichum falcatum 

Bio-Imune® apresenta características únicas que o posicionam como uma ferramenta crucial para a proteção e a promoção do crescimento saudável das culturas, atuando no manejo de doenças, mas também como um promotor de crescimento, estimulando o desenvolvimento saudável das plantas. A produção de metabólitos benéficos contribui para fortalecer a resistência das plantas, resultando em lavouras mais vigorosas e produtivas.

Ao competir por espaço e nutrientes, Bio-Imune® age como uma barreira natural, impedindo a germinação de fungos e bactérias causadores de doenças. Essa ação preventiva adiciona uma camada de proteção crucial para as culturas, contribuindo para a manutenção da sanidade das plantas.

bio-imune
Mecanismos de ação de Bio-Imune®

Em resumo, Bio-Imune® não só controla eficazmente as doenças foliares na soja, como também oferece uma gama de benefícios adicionais que promovem o crescimento sustentável e a qualidade da lavoura. Sua abordagem inovadora marca um avanço significativo no manejo de doenças, contribuindo para a construção de sistemas agrícolas mais resilientes e produtivos.

Bio-Imune na soja
Avaliação de duas áreas com tratamentos diferentes para as doenças na soja: imagem superior tratada com Bio-Imune®, imagem inferior com tratamento padrão fazenda.

Quer saber mais sobre os resultados de Bio-Imune® como do campo acima? É só entrar em contato conosco!

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