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Investimento em nematicidas cresce 10 vezes e biodefensivos já são 75% do mercado

Destaque para tecnologia nacional de No-Nema, da Vittia, que acaba de confirmar mais um alvo reconhecido pelo MAPA.

Um problema de grandes proporções, causado por pragas microscópicas de, no máximo, três milímetros. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN), os prejuízos causados pelos nematoides nas lavouras do país chegam a R$ 35 bilhões anuais; sendo R$ 15 bilhões somente nas de soja.  Causadores de perdas de até 90% nas lavouras, esses parasitas vivem nos solos e se alimentam das estruturas subterrâneas das plantas, como raízes, bulbos e tubérculos. Além disso, liberam toxinas que causam necroses e abrem portas a outros patógenos causadores de doenças nos cultivos. 

De olho no manejo preventivo e no controle da incidência, o investimento dos produtores brasileiros em nematicidas cresceu dez vezes nas últimas oito safras, passando de R$ 160 milhões em 2014/15 para R$ 1,56 bilhão na safra 2021/22. Os dados estão no estudo FarmTrak, da Kynetec, que revela ainda que as soluções biológicas são a principal opção dos brasileiros para este controle. Enquanto o investimento dos produtores em nematicidas biológicos somaram R$ 1,2 bilhão (75% do mercado total), os nematicidas químicos movimentaram R$ 395 milhões, (ou 25% de participação). Vale destacar que em 2015 os químicos respondiam por 94% deste mercado, enquanto os biológicos levavam uma fatia de apenas 6% nas vendas.

Dentre os produtos disponíveis para o manejo de fitonematoides aprovados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), um microbiológico com tecnologia 100% nacional é destaque. O No-Nema, da fabricante brasileira Vittia, se diferencia por estar entre poucas tecnologias no mercado nacional com ação nematicida e fungicida e que apresentam atuação comprovada também para aplicação via foliar. “A aplicação de No-Nema via semente ou sulco de plantio é a primeira base de proteção para o controle de nematoides e doenças radiculares. A aplicação foliar é um segundo estímulo de proteção, com um grande diferencial: a indução de resistência das plantas”, explica Jéssica Brasau, Gerente de P&DI da Vittia. 

Ela explica que além de prejuízos imediatos, como a redução do número de plantas devido a podridão e tombamento, a presença de fitonematoides e doenças radiculares no solo tem outros reflexos continuados, como diminuição no porte de plantas, amarelecimento da cultura, menor absorção de água e nutriente, e, assim, forte impacto na produtividade, além de prejudicar as culturas e plantios seguintes. “O problema tende a aumentar se não controlado, por isso seguimos com os estudos que comprovaram a eficácia da aplicação via foliar, inclusive com a possibilidade de potencializar o manejo já realizado no tratamento de sementes ou sulco de semeadura, tornando a proteção mais completa no controle de nematoides. Além da versatilidade quanto à aplicação, No-Nema conta com formulação exclusiva e super concentrada, com o agente de biocontrole Bacillus amyloliquefaciens BV03, que garante maior eficácia de ação neste combate”, ressalta.

Registro de novo alvo

Se o No-Nema já era uma das principais ferramentas dos produtores para o controle biológico de fungos e nematoides do solo, a Vittia está preparada para que ele supere cada vez mais as expectativas dos produtores. O produto, que contava com 6 alvos em seu registro, acaba de receber chancela de eficácia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), contra mais um alvo. Entra agora para a lista de controle o Helicotylenchus dihystera, ou nematoide espiralado, que tem sido motivo de preocupação pelo aumento populacional nas análises nematologicas em diversas regiões do país.

O Helicotylenchus dihystera é um nematoide que ataca várias culturas agronômicas importantes, inclusive as principais como a soja e o algodão. Ao inserir o estilete para alimentação, este nematoide prejudica a absorção de água e nutrientes pela planta, além destas aberturas ou “ferimentos” serem portas de entrada para outras doenças radiculares, reduzindo o desenvolvimento e produtividade da cultura. 

Ressaltando que a presença de nematoides favorecem os danos ocasionados por fungos radiculares, o No-Nema possui proteção completa comprovada para: Fusarium verticillioides (Podridão das raízes), Macrophomina phaseolina (Podridão cinzenta), Meloidogyne javanica (Nematoide-das-galhas), Meloidogyne incognita (Nematoide-das-galhas), Heterodera glycines (Nematoide-de-cisto),  Pratylenchus brachyurus (Nematoide-das-lesões) e agora para Helicotylenchus dihystera (Nematoide espiralado).

“Além do controle altamente eficaz e seguro dos fitonematoides, o No-Nema tem conquistado mercado rapidamente porque confere ainda diversos outros benefícios às plantas, como um melhor desenvolvimento radicular, melhor estabelecimento nas áreas e, inclusive, maior tolerância a condições adversas”, conclui Jéssica Brasau.

Sobre a Vittia

A Vittia, empresa brasileira de biotecnologia e nutrição especial de plantas, com soluções para diversas culturas agrícolas, está presente há 52 anos no país com a missão de permitir aos produtores ganhos de rentabilidade por área e melhoria do balanço socioambiental, entregando excelência em produtos e serviços para a agricultura.

Sempre expandindo sua atuação a favor do agronegócio por meio de pesquisa, tecnologia e desenvolvimento, a empresa, dedicada à produção de insumos de alta tecnologia para a agricultura, conta com diversos produtos nas linhas de adjuvantes, inoculantes (fertilizantes biológicos), acaricidas, controle biológico, fertilizantes foliares, fertilizantes organominerais, condicionadores de solo, micronutrientes granulados para solo e sais para a agricultura e pecuária.

A Vittia possui três unidades industriais localizadas em São Joaquim da Barra, além de unidades em Serrana, Ituverava e Artur Nogueira, no estado de São Paulo, e em Paraopeba e Patos de Minas, no estado de Minas Gerais. Atualmente, conta com cerca de 1200 colaboradores entre equipes administrativas, de produção e especialistas de campo. Comprometida com os princípios da sustentabilidade, a empresa visa criar valor por meio da inovação e ampliação de negócios com aquisições estratégicas no mercado. Em 2022, a receita líquida da empresa foi de R$ 851 milhões.

Além disso, a Vittia recebeu do MAPA o Selo Agro+ Integridade, que se destina a premiar empresas do agronegócio que, reconhecidamente, desenvolvem boas práticas de gestão de integridade, ética e sustentabilidade.

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Biocontrole e desafios em futuros sistemas de cultivo

Por Jéssica Brasau, Gerente de P&DI da Vittia

Potenciais causadoras de grandes prejuízos, as pragas e doenças estão entre os principais desafios enfrentados pelo produtor rural. A lista é extensa, representa uma ameaça constante (da semeadura à colheita) e não há como uma safra ter sucesso sem um bom manejo integrado. Em junho, a Vittia foi uma das participantes de um encontro promovido pela Organização Internacional de Controle Biológico (IOBC), realizado na Universidade de Wageningen, na Holanda, para falar das necessidades de biocontrole e desafios em futuros sistemas de cultivo. Com o tema “Formulações comerciais de Bacillus e Trichoderma no manejo integrado de manchas foliares em soja”, foram apresentados os resultados alcançados por estudos que, desde a safra 2019-2020 a 2021-2022, verificam o uso de novas tecnologias de gestão integrada para controle de ferrugem (Phakopsora pachyrhizi), mancha-olho-de-rã (Cercospora sojina) e septoriose (Septoria glycines), por meio de Bacillus subtilis BV02 (representado no portfólio Vittia pelo produto Bio-Imune®) e Trichoderma asperellum BV10 (comercializado pela empresa sob o nome de Tricho-Turbo®).

De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a soja segue como o produto com maior volume colhido no país: a produção estimada para a safra 2022/23 é de 153,6 milhões de toneladas. O país é também o maior produtor de soja do mundo e tem o desafio de produzir cada vez mais, em um ambiente tropical altamente favorável aos fitopatógenos.

Nesse sentido, o uso dos produtos biológicos tem sido uma escolha crescente do produtor, não só por sua eficácia, mas também pela baixa toxicidade dos produtos e por não causarem danos ao meio ambiente. De acordo com a S&P Global, no Brasil os produtos biológicos foram usados em 6,5 milhões de hectares em 2017/2018; 13 milhões de hectares em 2019/2020 e 24 milhões de hectares em 2021/2022 – um aumento de quase 270% no período. O maior uso foi na cultura da soja (42% do total), seguido por algodão (21%), cana-de-açúcar (18%), milho (15%) e outras culturas (4%).

Por entendermos que esse é um caminho sem volta, estamos a todo momento investindo no desenvolvimento de tecnologias de manejo biológico como forma de impulsionar o controle de doenças, consorciado à conservação dos recursos ambientais e à maior produtividade e rentabilidade do agricultor. Com o maior portfólio de alvos biológicos regulamentados no Brasil – são mais de 60 –, nosso objetivo, por meio da pesquisa e inovação, é buscar novos métodos para incrementar a produção, oferecer condições mais adequadas para que as plantas possam expressar todo seu potencial genético e, no fim, contribuir para enfrentar o desafio de produzir mais alimentos, de forma mais saudável e sustentável, para uma população que deve chegar ao total de 9,7 bilhões de pessoas em 2050.

A biotecnologia e os insumos agrícolas biológicos têm o potencial de revolucionar a agricultura brasileira, oferecendo um futuro cada vez mais promissor para quem produz, para quem consome e, é claro, para o nosso planeta como um todo.

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Agricultura e futuro – um equilíbrio entre preservação ambiental, rentabilidade e produção

A agricultura é uma das atividades humanas mais importantes para a sobrevivência da população mundial. Ela ocupa papel crucial na consecução dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que incluem erradicar a fome, promover a agricultura sustentável, combater as mudanças climáticas e preservar a biodiversidade, entre outros.

Estima-se que a população mundial chegará a 9,7 bilhões em 2050, o que significa que será necessário produzir alimentos em quantidades suficientes para atender quase 2 bilhões de pessoas a mais do que a população atual. De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), isso demandará uma produção mundial de alimentos 50% maior que a atual. Um grande salto em produtividade, ao mesmo tempo em que a terra enfrenta mudanças climáticas, perda de terras aráveis e escassez de água. Por tudo isso, a FAO alerta que será necessário adotar medidas urgentes para aumentar a produtividade e a eficiência da produção de alimentos, além de promover a sustentabilidade ambiental e reduzir as perdas e o desperdício.

Ao mesmo tempo, a agricultura tem evoluído significativamente nos últimos anos, e a inovação tem sido um fator importante nesse processo. Graças à pesquisa e ao desenvolvimento de novas tecnologias, tem sido possível alcançar crescimento exponencial em produtividade. Isso significa que estamos, cada vez mais, caminhando para um incremento de produção com menor demanda por recursos como área, água e insumos agrícolas, representando menor pressão sobre o meio ambiente. Nesse contexto, a biotecnologia e os produtos biológicos têm se mostrado importantes aliados na busca por um equilíbrio entre a produção de alimentos e a preservação ambiental. Os biodefensivos, por exemplo, são produtos biológicos utilizados para controlar pragas e doenças nas plantas, reduzindo a necessidade de pesticidas químicos. Já os biofertilizantes são utilizados para melhorar a qualidade do solo, estimular o desenvolvimento das plantas e assim, aumentar a produtividade das culturas.

Além disso, a biotecnologia também tem contribuído para o desenvolvimento de culturas mais resistentes a doenças e pragas, além de mais adaptadas às condições climáticas locais, com significativo reflexo na mitigação de impactos ambientais.

A agricultura sustentável também envolve práticas como a rotação de culturas, a conservação do solo, a irrigação eficiente, a redução do desperdício de alimentos e a adoção de técnicas agrícolas mais amigáveis ao meio ambiente. Somadas, são cores que pintam o agro do futuro e tudo o que desejamos para nosso planeta, como a redução da emissão de gases de efeito estufa, a conservação da biodiversidade, a melhoria da qualidade do solo e da água, e, claro, a segurança alimentar.

Nesse contexto, a Vittia tem se destacado como uma das principais referências no mercado brasileiro em biotecnologia para a agricultura e nutrição especial de plantas. Com uma trajetória de mais de 50 anos de significativo trabalho e robusto investimento em pesquisa e desenvolvimento de soluções sustentáveis, a Vittia conta com a maior fábrica de biológicos da América Latina e um portfólio de produtos de alta performance que apoiam o dia a dia dos produtores.

Com tecnologia de ponta e busca incessante por mais inovação, a Vittia tem trabalhado para tornar a agricultura cada vez mais produtiva, rentável e sustentável. Acreditamos em um mundo melhor para as futuras gerações e contribuímos para isso. O desenvolvimento sustentável é um caminho trilhado diariamente, com respeito mútuo e consciência de que todas as empresas, comunidades, pessoas e demais seres são parte integrante de um único ecossistema. Possuímos estratégias e práticas que permeiam toda a organização e suas partes interessadas, considerando especificamente a melhoria contínua, a gestão ambiental baseada em eficiência operacional, o combate às mudanças climáticas e o engajamento da sociedade, sempre de forma transparente e responsável.

Nós, da Vittia, nos orgulhamos de fazer parte dessa revolução, com soluções eficientes e sustentáveis que criam uma rede de apoio aos produtores para estarem preparados para o grande desafio atual da agricultura mundial, de aumentar a produção de alimentos com máxima sustentabilidade ambiental, social e econômica.

*Wilson Romanini – economista, Diretor Presidente da Vittia

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Notícias da Imprensa

Vittia destaca inovações em biotecnologia agrícola na Tecnoshow 2023

As soluções biológicas para a agricultura devem ter lugar de destaque na edição 2023 da Tecnoshow Comigo, que acontece de 27 a 30 de março, em Rio Verde/GO.

A Vittia, empresa brasileira de pesquisa e desenvolvimento de biotecnologia agrícola, promete levar ao evento grande conteúdo e muitas soluções para maior produtividade e sustentabilidade em campo. Os visitantes conhecerão um portfólio completo de biodefensivos, biofertilizantes e fertilizantes organominerais, inoculantes, adjuvantes e nutrição especial para lavouras mais sadias, produtivas e rentáveis.

A empresa contará com duas estações tecnológicas para a demonstração, na prática, das tecnologias de aplicação e de performance dos biológicos. Uma delas contará com um mini laboratório, com microscópio, para observação dos microrganismos em atividade, placas de petri e rizotron. Na outra, os visitantes encontrarão um túnel de vento para demonstração de aplicação com adjuvantes.

Em um local no estande, especialmente dedicado ao conhecimento, a Vittia preparou também um circuito de palestras, com temas que abordam inovação em manejo, fitossanidade, incremento em produtividade e sustentabilidade.

A gerente de Desenvolvimento de Mercado da Vittia, Cibele Medeiros, destaca que será oportunidade de apresentar as principais tecnologias para ganhos de rentabilidade por área e melhoria do balanço socioambiental: “Apesar do exponencial crescimento nos últimos anos, sabemos que a desinformação ainda é limitante para a adesão de um percentual muito maior de produtores às soluções biológicas e nutrição especial de plantas. A Tecnoshow é uma grande vitrine do que há de novo e relevante para a agricultura e é, portanto, uma boa oportunidade para conversarmos com os agricultores e promovermos conhecimento sobre as nossas tecnologias”.

Meli-X Turbo

Entre os destaques do portfólio que a Vittia preparou para o evento, está um dos mais recentes lançamentos da empresa: o Meli-X Turbo, que em um pouco mais de 1 ano no mercado, já é reconhecido como o mais completo extrator de nutrientes do país.

O produto é desenvolvido com bactérias altamente eficientes em extrair as diferentes formas de fósforo do solo e produzir compostos que agem diretamente na promoção de crescimento de raízes e formação de pelos radiculares, favorecendo ainda mais a absorção de água e nutrientes pela planta. Ao auxiliar na solubilização de diversas formas do fósforo (mineral e orgânico), ele proporciona melhor aproveitamento dos fertilizantes aplicados ao solo e amplia a captação de água pelas raízes.

Imediatamente após a aplicação do produto, as bactérias iniciam a colonização do sistema radicular da planta – atividade que ocorre basicamente por todo o ciclo de vida do vegetal. Importante ressaltar que o produto oferece condições à planta de modular o seu desenvolvimento, o que significa que ela produzirá os hormônios proporcionalmente às suas necessidades, sem risco de crescimento desordenado.

“A promoção de crescimento provocada pelo uso do Meli-X Turbo é bastante evidente e faz com que a planta responda bem, sobretudo em produtividade”, afirma Cibele. “Ao promover o crescimento radicular, por exemplo, o produto confere à planta o desenvolvimento de raízes sadias e funcionais, para que assim consiga absorver os nutrientes presentes no solo. Além disso, Meli-X Turbo agrega diversos outros benefícios ao cultivo e ao meio ambiente, com bom retorno em rentabilidade e sustentabilidade ao produtor”, conclui.

Raiz Forte Soja

Outro destaque Vittia na Tecnoshow será o Raiz Forte Soja – um programa integrado para inoculação e proteção biológica do sistema radicular das plantas. As soluções que compõem o programa, à base de microrganismos, proporcionam maior efetividade da nodulação e no fornecimento de nitrogênio, por meio de raízes vigorosas e saudáveis, bem como um excelente controle de doenças e nematoides.

Por meio da coinoculação – que consiste em combinar a prática da inoculação tradicional com Biomax Premium Soja com a inoculação com Biomax Azum, é possível promover o enraizamento da planta devido à produção de hormônios vegetais e alcançar maior e melhor fornecimento de nitrogênio. O resultado é o melhor desenvolvimento da lavoura e maiores incrementos na produtividade.

Esses benefícios são ainda potencializados quando aliados a ferramentas biológicas de proteção, através da combinação do mais eficaz nematicida, No-Nema, com o mais poderoso fungicida microbiológico, Tricho-Turbo. Dessa forma, o agricultor terá ganhos expressivos relacionados a fixação de nitrogênio, desenvolvimento das raízes e proteção contra patógenos.

 

Sobre a Vittia

A Vittia, empresa brasileira de biotecnologia e nutrição especial de plantas, com soluções para diversas culturas agrícolas, está presente há 51 anos no país com a missão de permitir aos produtores ganhos de rentabilidade por área e melhoria do balanço socioambiental, entregando excelência em produtos e serviços para a agricultura.

Sempre expandindo sua atuação a favor do agronegócio por meio de pesquisa, tecnologia e desenvolvimento, a empresa, dedicada à produção de insumos de alta tecnologia para a agricultura, conta com diversos produtos nas linhas de adjuvantes, inoculantes (fertilizantes biológicos), acaricidas, controle biológico, fertilizantes foliares, fertilizantes organominerais, condicionadores de solo, micronutrientes granulados para solo e sais para a agricultura e pecuária.

A Vittia possui três unidades industriais localizadas em São Joaquim da Barra, além de unidades em Serrana, Ituverava e Artur Nogueira, no estado de São Paulo, e em Paraopeba e Patos de Minas, no estado de Minas Gerais. Atualmente, conta com cerca de 1100 colaboradores entre equipes administrativas, de produção e especialistas de campo. Comprometida com os princípios da sustentabilidade, a empresa visa criar valor por meio da inovação e ampliação de negócios com aquisições estratégicas no mercado. Em 2021, a receita líquida da empresa foi de R$ 779 milhões.

Além disso, a Vittia recebeu do MAPA o Selo Agro+ Integridade, que se destina a premiar empresas do agronegócio que, reconhecidamente, desenvolvem boas práticas de gestão de integridade, ética e sustentabilidade. Para mais informações acesse nosso site e acompanhe nossas redes sociais no Youtube; Instagram; Linkedin e Facebook.

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Inoculante

Setor florestal: saiba como aumentar a produtividade de madeira

Fabrício Fernandes – Desenvolvimento de Mercado Florestal

A produtividade da cultura do eucalipto, em 2021, atingiu 38,9 m3/ha/ano, alcançando maiores limiares desde o ano de 2014. Isso significa que em 2021, a área total certificada no Brasil chegou a 7,37 milhões de hectares, um aumento de 8,4% em relação a 2020, e uma retomada em comparação aos patamares pré-pandemia (Ibiá, 2022).

Entretanto, devido ao aquecimento do setor florestal nos anos de 2021 e 2022, os viveiros responsáveis não estão atendendo em volume e qualidade as mudas para serem transplantadas no campo. Fato que também está atrelado à crise de 2011 sofrida pelo setor, com reduções drásticas no número de viveiros florestais existentes.

Um sistema radicular bem formado em mudas de espécies florestais é muito importante para um bom estabelecimento e desenvolvimento dessas plantas. No entanto, nem sempre isso ocorre. Novaes (1998) e Barroso et al. (2000), por exemplo, relataram a persistência de deformações radiculares em mudas de espécies florestais após o plantio. Essa persistência das deformações radiculares após o plantio pode reduzir ou atrasar o crescimento das plantas no campo, o que acarreta maiores custos com o controle de plantas daninhas e o retardamento da produção de madeira.

Sendo assim, mudas robustas e que apresentam maior porcentual de emissão de raízes são mais aptas a condições de estresse ambiental, garantindo maiores taxas de sobrevivência no campo (Freitas et al., 2005).

Meli-X Turbo

Sabendo disso, em parceria com empresas do setor florestal, a Vittia desenvolveu trabalhos visando um melhor crescimento e desenvolvimento de mudas de eucalipto antes e após o transplantio, por meio do uso do inoculante Meli-X Turbo, um promotor de crescimento formulado com a bactéria Bacillus velezensis UFV 3918, que coloniza o sistema radicular da planta, atuando simultaneamente na solubilização de nutrientes, especialmente o fósforo, e na promoção de crescimento de plantas, contribuindo principalmente com o aumento do volume de raízes.

Para isso, avaliações em condições de campo foram realizadas na cultura do eucalipto na região de Pompéu/MG, 2022. O campo experimental foi desenvolvido com o plantio do clone AEC 1528 dividindo a área em Padrão Fazenda x Padrão Vittia. As amostras foram coletadas aleatoriamente e foi avaliado colo da planta (mm), parte aérea (cm), raiz (cm), peso seco da parte aérea (g) e raiz (g).

Como resultado, todos os parâmetros apresentaram ganhos estatisticamente significativos no desenvolvimento tanto radicular quanto foliar, contribuindo para o aumento na produção de madeira com apenas 41 dias após aplicação do Meli-X Turbo no tratamento das mudas antes do plantio, em relação ao Padrão Fazenda. Houve destaque para o peso seco de raiz, no qual houve um incremento de 105% em relação ao padrão, demonstrando a grande contribuição do inoculante para um melhor desenvolvimento de raízes de mudas de eucalipto pós-transplantio, o que acarretará em um melhor pegamento e estabelecimento de plantas e, por consequência, uma maior produtividade.

Gráficos comparativos

Figura 1. Colo da planta (mm) do clone AEC 1528 entre o Padrão Fazenda e Padrão Vittia, Pompéu/MG, 2022. *Médias seguidas de mesma letra maiúscula na datas de avaliação não diferem estatisticamente entre si pelo teste T a 5% de probabilidade (R Development Core Team, 2009).
Figura 1. Colo da planta (mm) do clone AEC 1528 entre o Padrão Fazenda e Padrão Vittia, Pompéu/MG, 2022.

*Médias seguidas de mesma letra maiúscula na datas de avaliação não diferem estatisticamente entre si pelo teste T a 5% de probabilidade (R Development Core Team, 2009).

Figura 2. Parte aérea (cm) do clone AEC 1528 entre o Padrão Fazenda e Padrão Vittia, Pompéu/MG, 2022. *Médias seguidas de mesma letra maiúscula na datas de avaliação não diferem estatisticamente entre si pelo teste T a 5% de probabilidade (R Development Core Team, 2009).
Figura 2. Parte aérea (cm) do clone AEC 1528 entre o Padrão Fazenda e Padrão Vittia, Pompéu/MG, 2022.

*Médias seguidas de mesma letra maiúscula na datas de avaliação não diferem estatisticamente entre si pelo teste T a 5% de probabilidade (R Development Core Team, 2009).

Figura 3. Raiz (cm) do clone AEC 1528 entre o Padrão Fazenda e Padrão Vittia, Pompéu/MG, 2022. *Médias seguidas de mesma letra maiúscula na datas de avaliação não diferem estatisticamente entre si pelo teste T a 5% de probabilidade (R Development Core Team, 2009).
Figura 3. Raiz (cm) do clone AEC 1528 entre o Padrão Fazenda e Padrão Vittia, Pompéu/MG, 2022.

*Médias seguidas de mesma letra maiúscula na datas de avaliação não diferem estatisticamente entre si pelo teste T a 5% de probabilidade (R Development Core Team, 2009).

Figura 4. Peso seco da parte aérea (g) do clone AEC 1528 entre o Padrão Fazenda e Padrão Vittia, Pompéu/MG, 2022. *Médias seguidas de mesma letra maiúscula na datas de avaliação não diferem estatisticamente entre si pelo teste T a 5% de probabilidade (R Development Core Team, 2009).
Figura 4. Peso seco da parte aérea (g) do clone AEC 1528 entre o Padrão Fazenda e Padrão Vittia, Pompéu/MG, 2022.

*Médias seguidas de mesma letra maiúscula na datas de avaliação não diferem estatisticamente entre si pelo teste T a 5% de probabilidade (R Development Core Team, 2009).

Figura 5. Peso seco da raiz (g) do clone AEC 1528 entre o Padrão Fazenda e Padrão Vittia, Pompéu/MG, 2022. *Médias seguidas de mesma letra maiúscula na datas de avaliação não diferem estatisticamente entre si pelo teste T a 5% de probabilidade (R Development Core Team, 2009).
Figura 5. Peso seco da raiz (g) do clone AEC 1528 entre o Padrão Fazenda e Padrão Vittia, Pompéu/MG, 2022.

*Médias seguidas de mesma letra maiúscula na datas de avaliação não diferem estatisticamente entre si pelo teste T a 5% de probabilidade (R Development Core Team, 2009).

As figuras 5 e 6, abaixo, evidenciam os ganhos tangíveis com a utilização do Meli-X Turbo no tratamento das mudas antes do plantio e nas avaliações realizadas nos dias 31/10/2022 e 21/11/2022. Isso significa melhor desenvolvimento radicular e foliar, aumentando os rendimentos na produção de madeira.

Figura 6. Amostras coletadas no campo dia 31/10/2022 no campo. A. Padrão Vittia. B. Padrão Fazenda.
Figura 6. Amostras coletadas no campo dia 31/10/2022 no campo. A. Padrão Vittia. B. Padrão Fazenda.
Figura 7. Amostras coletadas no campo dia 21/11/2022 no campo. C. Padrão Vittia D. Padrão Fazenda.
Figura 7. Amostras coletadas no campo dia 21/11/2022 no campo. C. Padrão Vittia D. Padrão Fazenda.

Benefícios do Meli-X Turbo

Existem vários benefícios na aplicação do Meli-X Turbo no manejo florestal que valem a pena serem ressaltados:

  • A formulação é líquida e de fácil manuseio;
  • Apresenta amplo espectro de solubilização de fósforo do solo e outros nutrientes;
  • Devido ao metabolismo da bactéria, há várias formas de atuação que promovem o crescimento das plantas;
  • Otimiza a absorção dos fertilizantes aplicados via solo;
  • Contribui na maior absorção de água devido ao volume expressivo de raízes secundarias (indicado para regiões com déficit hídrico);
  • É um produto biológico, sem impactos no manejo florestal;
  • Aumenta a produção de madeira.

Referências

Barroso, D.G. et al. (2000) Efeitos do recipiente sobre o desempenho pós-plantio de Eucalyptus camaldulensis e E. urophylla. Revista Árvore, v.24, p.291-296.

Freitas, T.A.S. et al. (2005) Desempenho radicular de mudas de eucalipto produzidas em diferentes recipientes e substratos. Revista Árvore, v.29, n.6, p.853-861.

Ibiá (2022) Relatório anual 2022: Ibiá. Disponível em: < https://www.iba.org/>. Acesso em: 28/11/2022.

Novaes, A.B. (1998) Avaliação morfofisiológica da qualidade de mudas de Pinus taeda L., produzidas em raiz nua e em diferentes tipos de recipientes. 1998. 118f. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

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Adjuvantes

Estratégias e vantagens na utilização de adjuvantes surfactantes

Autor: Ana Flávia Villa e Maickon Balator

No cenário atual da agricultura brasileira, é muito importante o conhecimento de técnicas para aplicar o produto biologicamente ativo no momento certo, com menor custo e impacto ambiental. Diante desse contexto, os adjuvantes agrícolas possuem um papel fundamental para reduzir as perdas e melhorar a funcionalidade dos defensivos agrícolas e fertilizantes foliares.

Por definição, adjuvante pode ser classificado como qualquer composto sem propriedade fitossanitária, exceto a água, que é acrescido numa preparação de defensivo agrícola para facilitar a aplicação, aumentar a eficiência ou diminuir riscos (KISSMANN, 1998).

Nesse sentido, a Vittia possui um portfólio de adjuvantes, denominado linha Active, composto por produtos que garantem ao produtor rural as melhores opções para ser mais assertivo em cada pulverização.

família de adjuvantes Active
Figura 1: família de adjuvantes Active.

Além disso, temos a satisfação de informar ao mercado o mais novo adjuvante para auxiliar o produtor rural a alcançar mais eficiência em suas pulverizações. Trata-se do Auranttia®, recomendado para caldas de pulverização de defensivos agrícolas e fertilizantes foliares.

Funcionalidade

A utilização do Auranttia® é uma alternativa de alta tecnologia, pois a performance de espalhamento/molhamento dada pela redução da tensão superficial auxilia na melhor cobertura da superfície foliar, potencializando a penetração de defensivos químicos e biológicos e de fertilizantes.

Adjuvante Auranttia®
Figura 2: adjuvante Auranttia®

Referências:

KISSMANN, K. G. Adjuvantes para caldas de produtos fitossanitários. In: GUEDES, J. V. C. & DORNELLES, S. B (Org). Tecnologia e segurança na aplicação de agrotóxicos: novas tecnologias. Santa Maria: Departamento de Defesa Fitossanitária; Sociedade de Agronomia de Santa Maria, 1998. P. 39-51.

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Controle Biológico

Doenças de solo: como pôr fim a esse problema?

Autor: Adriano Jeferson de Andrade

Microbiologia do solo

O solo é um ambiente dinâmico e, muitas vezes, complexo de ser interpretado. Ele é o habitat de diversos micro e macrorganismos como insetos, bactérias, fungos, vírus, nematoides, protozoários e minhocas. Esses seres têm, por sua vez, papel fundamental para a vida do solo, e atuam na transformação da matéria orgânica, ciclagem de nutrientes, solubilização de fósforo, entre outros processos metabólicos.

Porém, muitas vezes, negligenciamos e não damos a devida importância para os patógenos do solo, principalmente em relação às doenças que estes podem causar.

As doenças de solo afetam o sistema radicular da planta, restringem a absorção de água e nutrientes e afetam o tecido vegetal (como as raízes), causando a diminuição das médias de produtividade e provocando sérios prejuízos para as culturas agrícolas.

Funções do microbioma dos solos
Funções do microbioma dos solos

Quais são os principais tipos de doenças que afetam o solo?

Dentre os principais agentes que causam doenças e baixa na produtividade, estão fungos, bactérias e nematoides. A principal diferença entre estes organismos daqueles que causam doenças foliares é que estes podem se alimentar saprofiticamente, ou seja, de restos de plantas (matéria orgânica) em decomposição no solo.

Isso confere a esses microrganismos uma alternativa adaptativa muito importante, fazendo com que consigam sobreviver nesses solos, dificultando seu controle. Um dos problemas vistos em muitas áreas agrícolas é que subestimamos os danos causados pelos patógenos, já que os sintomas são difíceis de serem diagnosticados.

Dentre os fungos fitopatogênicos comumente encontrados no solo, destacam-se as seguintes espécies:

Rhizoctonia solani (morte súbita e mela da parte aérea);
Fusarium sp. (podridão vermelha da raiz);
Macrophomina phseolina (podridão de carvão);
Sclerotinea sclerotium (podridão radicular de fitóftora).

Rizoctonia solani
Figura 1: Rizoctonia solani

Fonte: Coagril realizou dia de campo (coagril-rs.com.br)

Fusarium sp
Figura 2: Fusarium sp

Fonte: Fusarium wilt (Fusarium oxysporum f.sp. phaseoli) on common bean (Phaseolus vulgaris ) – 5361417 (invasive.org)

Sclerotina sclerotium
Figura 3: Sclerotina sclerotium

Fonte: Stem rot (Sclerotinia sclerotiorum) – Stock Image – C006/5681 – Science Photo Library

Macrophomina phseolina
Figura 4: Macrophomina phseolina

Fonte: Soja HOJE: Podridão cinzenta da raiz [“Macrofomina”]. Diagnose e opções de manejo | MAIS SOJA – Pensou Soja, Pensou Mais Soja.

Esses patógenos se desenvolvem, em sua grande parte, sob condições ambientais de alta umidade, com temperaturas variando entre 15°C e 25°C, e habitam qualquer tipo de solo, podendo ser propagados por água, vento, maquinários ou até mesmo via sementes.

Ferramentas de controle

Existem diferentes práticas de manejo que podem auxiliar e servir de ferramentas para o produtor combater essas doenças. Como exemplo, podemos citar a utilização de sementes sadias, limpeza de maquinário, materiais genéticos resistentes e/ou tolerantes, descompactação do solo, estande e espaçamento adequados, rotação de cultura, controle biológico e controle químico.

Controle biológico

O controle biológico, dentro das ferramentas, vem se tornando uma alternativa muito eficiente e viável, com crescente utilização no manejo preventivo e curativo de alguns tipos de doenças.

Empresas públicas e privadas estão desenvolvendo excelentes ferramentas tecnológicas para a formulação de produtos à base de fungos, bactérias e vírus para o manejo de patógenos de solo em diversas culturas agrícolas.

Vittia no controle de doenças de solo

Para o controle de doenças de solo, a Vittia destaca o fungo benéfico Tricho-Turbo (Trichoderma asperellum BV10), que possui diversos mecanismos de ação para favorecer o controle de doenças dos patógenos do solo.

O Tricho-Turbo (Trichoderma asperellum BV10) é um fungo entomopatogênico que possui em sua formulação diversos benefícios para o controle de doenças. Pode ser utilizado no tratamento de sementes e/ou via sulco de semeadura, e também via pulverização aérea. Quando aplicado, o Tricho-Turbo (Trichoderma asperellum BV10) coloniza o solo e as raízes das plantas, fazendo com que se inicie uma cadeia de mecanismos de ação que irão promover diversos benefícios ao sistema de cultivo, incluindo: produção de fitormônios que promovem maior crescimento/ desenvolvimento das plantas; proteção de plantas por ação indireta através da indução de resistência sistêmica e ação direta pelos mecanismos de competição; antibiose e micoparasitismo de fungos fitopatogênicos de solo.

Assim, o Tricho-Turbo (Trichoderma asperellum BV10) é considerado uma alternativa viável para o combate de diversas doenças do solo, tendo em seu registro alguns dos alvos com maior importância no sistema de cultivo, como Rizoctonia solani, Fusarium oxysporum, Sclerotinea sclerotium e também o nematoide do gênero Pratylenchus brachyurus.

Tricho-Turbo Mecanismos de Ação

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Controle Biológico

Crescimento do uso de bioinsumos no Brasil

Autor: Jean Fausto de Carvalho Paulino – Coordenador de Desenvolvimento de Mercado

Bioinsumos e o cenário global

Por definição estabelecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa, 2021), um bioinsumo é considerado qualquer produto, processo ou tecnologia de origem biológica — animal, vegetal ou microbiana — para uso na produção, no armazenamento ou no beneficiamento em sistemas agrícolas, pecuários, florestais e aquáticos.

O mercado global de bioinsumos para agricultura, que envolve biodefensivos, inoculantes, bioestimulantes e biofertilizantes, foi estimado em US$9,9 bilhões em 2020, sendo US$5,2 bilhões representados por biodefensivos (IHS Markit, 2021). A expectativa é que, até 2027, o mercado mundial de bioinsumos continue em alta de crescimento, superando US$ 3 bilhões para bioestimulantes e US$ 10 bilhões para biodefensivos (Figura 1).

Figura 1. Estimativa de crescimento global dos produtos biológicos de controle e bioestimulantes. Fonte: Dunham Trimmer, 2021.
Figura 1. Estimativa de crescimento global dos produtos biológicos de controle e bioestimulantes. Fonte: Dunham Trimmer, 2021.

Mercado brasileiro em pleno crescimento

A utilização de bioinsumos vem crescendo no Brasil e no mundo devido a fatores relacionados a questões regulatórias, de mercado e de manejo das culturas.

Para ser comercializado no Brasil, um biodefensivo precisa ser avaliado por três órgãos independentes: o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), para a eficácia agronômica, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (IBAMA), para os riscos ao meio ambiente, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), para os riscos à saúde. O produto só é registrado se obtiver a aprovação dos três órgãos.

O número de produtos biológicos de controle registrados tem avançado consideravelmente. Um total de 502 produtos com registro ativo foi contabilizado até março de 2022, com destaque para os registros de bioinseticidas, que correspondem cerca da metade dos registros ativos no Brasil (Figura 2).

Figura 2. Produtos biológicos de controle com registros ativos no Brasil. Fonte: CropLife Brasil, 2021c.
Figura 2. Produtos biológicos de controle com registros ativos no Brasil. Fonte: CropLife Brasil, 2021c.

Em relação ao mercado brasileiro, dados da Spark (2021) mostram que o mercado nacional em 2021 foi de R$ 1,3 bilhão para defensivos biológicos e de R$ 393 milhões para inoculantes, representando um crescimento significativo comparado aos anos anteriores (Figura 3).

Figura 3. Estimativa da evolução do mercado de defensivos químicos, biológicos e inoculantes no Brasil. Fonte: Spark, 2021.
Figura 3. Estimativa da evolução do mercado de defensivos químicos, biológicos e inoculantes no Brasil. Fonte: Spark, 2021.

Segundo a IHS Markit (2021), o mercado de produtos biológicos de controle no Brasil cresceu a uma taxa anual de 42%. A projeção é que em 2030 este setor alcance R$ 16,9 bilhões, considerando uma taxa de crescimento acumulada CAGR de 35% até 2025 e de 25% até 2030 (Figura 4).

Figura 4. Estimativa da evolução do mercado de biodefensivos no Brasil. Fonte: IHS Markit, 2021.
Figura 4. Estimativa da evolução do mercado de biodefensivos no Brasil. Fonte: IHS Markit, 2021.

Como a Vittia está se preparando para esse mercado?

Para atender a essa demanda, a estrutura física da Vittia é composta pela maior planta de biodefensivos microbiológicos da América Latina, localizada em São Joaquim da Barra/SP. A planta possui capacidade instalada anual de 3,5 milhões de quilos/, litros por ano, com projeto para atingir 9 milhões de quilos/litros por ano (Figura 5).

Figura 5. Maior planta de biodefensivos microbiológicos da América Latina – Vittia.
Figura 5. Maior planta de biodefensivos microbiológicos da América Latina – Vittia.

A Vittia está há mais de 50 anos investindo em Inovação para a agricultura por meio de tecnologias e soluções sustentáveis. De acordo com o Relatório de Sustentabilidade de 2021, foram investidos R$ 16,4 milhões em P&DI, 34,5% a mais que o ano anterior, representando 2,1% da receita líquida da companhia.

 

Conheça um pouco do nosso centro de P&DI da Vittia:

 

 

Referências:

DUNHAM TRIMMER. State of the Biological Products Industry Discussion. BPIA 2021 Annual Meeting, 2021. Disponível em: https://www.bpia. org/2021-participants/videos/. Acesso em: 28 maio 2021.

 

IHS MARKIT. Annual New Product Introductions: Biological vs Conventional. Disponível em: https://ihsmarkit.com/research-analysis/biologicalsinnovation.html. Acesso em: setembro de 2021.

 

MAPA. Agrofit: consulta aberta. 2022. Disponível em: . Acesso em: 10 jan. 2022.

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Controle Biológico

O uso de Crisopídeos no controle do Bicho Mineiro do Café

Autor: Joan Brigo Fernandes – Gestor de Macrobiológicos Vittia

O bicho mineiro do café

A cultura do café possui pragas que podem causar perdas e aumento nos custos produtivos. Entre as que mais acometem danos está a Leucoptera coffeella, comumente chamada de bicho mineiro do café. Trata-se de uma pequena mariposa de cor branco-prateada, com aproximadamente 2 mm de comprimento, com uma mancha circular preta e halo amarelo em suas asas anteriores.

Danos causados pelo bicho mineiro do café

O bicho mineiro do café ataca severamente em temperaturas altas e períodos de seca, por favorecer seu estabelecimento e desenvolvimento. As mariposas colocam seus ovos na parte superior das folhas dos cafeeiros, onde, após a eclosão, pequenas lagartas entram nas folhas e se alimentam do tecido, gerando lesões que vão secando e aumentando de acordo com o desenvolvimento e a quantidade de lagartas por ataque.

Desta forma, reduzem a área fotossintética da planta, causando, indiretamente, a queda prematura de folhas, redução da produção e até mesmo a perda da cultura.

Em condições favoráveis, o bicho mineiro pode causar até 75% de danos em folhas e mais de 80% na redução da produção.

Ovos e Larvas do Bicho Mineiro do Café
Ovos e larva de crisopídeo

Resistência e dificuldades de controle

A pressão dessa praga vem aumentando significativamente em regiões produtoras de café, que apresentam dificuldades para o seu controle. A utilização excessiva de inseticidas químicos pode contribuir para a redução dos inimigos naturais e promover resistência ao controle, aumentando o número de aplicações e o impacto no custo da produção.

Solução

Naturalmente, podemos encontrar insetos predadores e parasitoides em lavouras de café. Uma das espécies mais presentes é a Chrysoperla externa, chamada de crisopídeo ou bicho lixeiro, que é predador de diversas espécies de pragas, possuindo consumo elevado de presas diárias. Por esta razão, é considerado um importante agente de controle, favorecendo o manejo biológico.

Os crisopídeos são predadores em sua fase de larva e atuam identificando e consumindo lagartas, ovos e até mesmo pupas do bicho mineiro do café. Também possuem alta capacidade de dispersão e atuação.

A Vittia conta com o que há de mais novo e eficiente no mercado, possuindo esse organismo biológico em seu catálogo de soluções. Ele já é registrado para pragas como Mosca branca (Bemisia tabaci biótipo B), Pulgão verde, Pulgão verde claro (Myzus persicae), Pulgão verde dos cereais (Schizaphis graminum), Pulgão das solanáceas, Pulgão-verde-escuro (Macrosiphum euphorbiae), Pulgão roxo da roseira, Pulgão grande da roseira (Macrosiphum rosae), Pulgão da roseira, Pulgão amarelo da roseira (Rhodobium porosum), Pulgão do algodoeiro e Pulgão das inflorescências (Aphis gossypii), em todas as culturas com ocorrência desses alvos biológicos.

Diversos estudos já publicados validam a eficácia do crisopídeo para o controle do Bicho Mineiro do café, e em breve essa solução estará disponível para combater o alvo biológico.

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Controle Biológico

Doenças foliares na cultura da soja

A cultura da soja é de grande importância ao agronegócio brasileiro, e o Brasil se destaca entre os maiores produtores mundiais. No entanto, as doenças foliares podem levar a perdas significativas na cultura da soja. Por isso, o conhecimento sobre os principais sintomas, ciclo e estratégias de controle destas doenças é de grande importância.

Antracnose da Soja

Sintomas e sinais: A antracnose da soja é causada pelo fungo necrotrófico Colletotrichum truncatum. Os sintomas podem ser vistos nas folhas, caules, vagens e sementes. Nas folhas, vagens e caules, são observadas manchas pretas ou áreas marrons indefinidas, com a presença de acérvulos e peritécios.
Folhas: Os sintomas não são tão comuns como nos caules e vagens, e costumam ser observados em temperaturas mais altas. Geralmente, são encontrados na epiderme das nervuras, ocorrendo uma necrose descontínua e deprimida nas mesmas.
Vagens e caules: Manchas pretas ou áreas marrons indefinidas são observadas com a presença de acérvulos e peritécios.

Sintomas causados pelo fungo Colletotrichum truncatum observados nas folhas da soja.
Figura 1. Sintomas causados pelo fungo Colletotrichum truncatum observados nas folhas da soja.

Ciclo da doença: O patógeno pode sobreviver por mais de um ano em material vegetal. Por serem extremamente pequenos e leves, os esporos produzidos em restos culturais infestados são deslocados pelo vento e pela chuva até as folhas mais altas.
A infecção ocorre tipicamente quando há ocorrência de folhas molhadas, chuva ou orvalho por períodos maiores que 12 horas por dia. Em regiões com condições favoráveis à doença, como solo molhado e clima quente e úmido, as perdas de produção podem ser elevadas.

Mancha Alvo da Soja

Sintomas e sinais: Causada pelo fungo Corynespora cassiicola, a mancha-alvo da soja pode afetas as folhas, hastes e raízes de uma planta. Nas folhas, os sintomas iniciais caracterizam- se pelo aparecimento de pequenos pontos necróticos, lesões inferiores a 1 mm de diâmetro, circundados por um halo amarelado, que, conforme vão crescendo, se expandem e evoluem para manchas de formato arredondado ou irregular, que podem chegar a 15 mm de diâmetro. Quando completamente desenvolvidas, as lesões apresentam anéis concêntricos de tecidos mortos circundados por um halo de coloração verde-amarelada, muito similar a um alvo.

Sintomas causados pelo fungo Corynespora cassiicola observados nas folhas da soja
Figura 2. Sintomas causados pelo fungo Corynespora cassiicola observados nas folhas da soja

 

Ferrugem Asiática da Soja

Sintomas e sinais: A ferrugem-asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhi, identificada pela primeira vez no Brasil em 2001, é uma das doenças que mais preocupam os produtores de soja. Os primeiros sintomas aparecem perto do período de floração, em forma de pequenas manchas cinzas nas superfícies inferiores das folhas e ao longo das nervuras.
Mais tarde, essas manchas aumentam de tamanho e número e unem-se, tornando-se castanho-avermelhadas ou pretas, frequentemente circundadas por uma auréola amarelada.
Nessa fase, elas aparecem nos dois lados da folha, nos pecíolos e, às vezes, nas hastes. Com o avanço da doença, ficam cobertas por pústulas fúngicas salientes, marrom-claras, visíveis a olho nu.
Ciclo da doença: De uma infecção inicial, estima-se que uma primeira geração de pústulas pode manter a esporulação por até 15 semanas, mesmo sob condições de baixa umidade. Os esporos são disseminados pelo vento, podendo viajar grandes distâncias.
Por serem sensíveis à radiação ultravioleta, provavelmente essas viagens ocorrem em sistemas de tempestade onde as nuvens protegem os esporos do sol.
O sucesso da infecção é dependente da disponibilidade de molhamento na superfície da folha. Pelo menos 6 horas de água livre parecem ser necessárias para promover a infecção. Após a infecção, as primeiras pústulas com uredósporos maduros surgem de 7 a 8 dias. A contaminação começa nas partes mais baixas da planta, e depois se move para cima.

Sintomas causados pelo fungo Phakopsora pachyrhizi observados nas folhas da soja.
Figura 3. Sintomas causados pelo fungo Phakopsora pachyrhizi observados nas folhas da soja.

Quais estratégias podem ser empregadas no controle de doenças na cultura da soja?

No manejo integrado, vários métodos de controle são implementados, visando reduzir doenças e pragas nas áreas agrícolas. Nesse sistema, podemos listar um conjunto de estratégias importantes no manejo desses patógenos, como:

  • Utilizar cultivares menos suscetíveis;
  • Sementes livres do patógeno;
  • Rotação/sucessão de culturas com gramíneas e espécies não hospedeiras;
  • Tratamento de sementes;
  • Aplicação de defensivos químicos e biológicos.

Em relação ao manejo biológico para o controle dessas doenças, pode-se mencionar o uso de defensivos biológicos com alta tecnologia de formulação, como o multissítio biológico Bio-imune, à base de Bacillus subtilis, com registro como fungicida e bactericida. Dentre os principais mecanismos de ação da tecnologia, pode-se destacar:

Mecanismos de ação de multissitio biológico Bio-Imune
Figura 4. Mecanismos de ação de multissitio biológico Bio-Imune.

O manejo de doenças foliares na cultura da soja com Bio-Imune deve ser iniciado de forma preventiva, já que muitos patógenos causadores das doenças sobrevivem na palhada/restos culturais.

Desta forma, é possível verificar a presença de inóculo na lavoura desde a emergência da cultura. Confira o depoimento do Prof. Dr. Sérgio Mazaro, Fitopatologista da UTFPR, sobre a aplicação de defensivos biológicos no manejo preventivo de doenças na soja:

Posicionamento técnico:

Outro aspecto importante das aplicações antecipadas de biodefensivos é a chance de conseguir uma maior deposição de gotas no dossel inferior. A efetividade dos biofungicidas é bastante dependente da chegada de doses letais do ingrediente ativo nos tecidos. Portanto, o início assertivo das aplicações, aliado a intervalos indicados entre aplicações, são fatores decisivos para um controle eficiente de doenças foliares na soja.

Posicionamento preventivo de multissítio biológico Bio-Imune.
Figura 5. Posicionamento preventivo de multissítio biológico Bio-Imune.

Resultados:

Resultados do Bio-Imune Vittia