A cultura da soja é de grande importância ao agronegócio brasileiro, e o Brasil se destaca entre os maiores produtores mundiais. No entanto, as doenças foliares podem levar a perdas significativas na cultura da soja. Por isso, o conhecimento sobre os principais sintomas, ciclo e estratégias de controle destas doenças é de grande importância.
Sintomas e sinais: A antracnose da soja é causada pelo fungo necrotrófico Colletotrichum truncatum. Os sintomas podem ser vistos nas folhas, caules, vagens e sementes. Nas folhas, vagens e caules, são observadas manchas pretas ou áreas marrons indefinidas, com a presença de acérvulos e peritécios.
Folhas: Os sintomas não são tão comuns como nos caules e vagens, e costumam ser observados em temperaturas mais altas. Geralmente, são encontrados na epiderme das nervuras, ocorrendo uma necrose descontínua e deprimida nas mesmas.
Vagens e caules: Manchas pretas ou áreas marrons indefinidas são observadas com a presença de acérvulos e peritécios.
Ciclo da doença: O patógeno pode sobreviver por mais de um ano em material vegetal. Por serem extremamente pequenos e leves, os esporos produzidos em restos culturais infestados são deslocados pelo vento e pela chuva até as folhas mais altas.
A infecção ocorre tipicamente quando há ocorrência de folhas molhadas, chuva ou orvalho por períodos maiores que 12 horas por dia. Em regiões com condições favoráveis à doença, como solo molhado e clima quente e úmido, as perdas de produção podem ser elevadas.
Sintomas e sinais: Causada pelo fungo Corynespora cassiicola, a mancha-alvo da soja pode afetas as folhas, hastes e raízes de uma planta. Nas folhas, os sintomas iniciais caracterizam- se pelo aparecimento de pequenos pontos necróticos, lesões inferiores a 1 mm de diâmetro, circundados por um halo amarelado, que, conforme vão crescendo, se expandem e evoluem para manchas de formato arredondado ou irregular, que podem chegar a 15 mm de diâmetro. Quando completamente desenvolvidas, as lesões apresentam anéis concêntricos de tecidos mortos circundados por um halo de coloração verde-amarelada, muito similar a um alvo.
Sintomas e sinais: A ferrugem-asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhi, identificada pela primeira vez no Brasil em 2001, é uma das doenças que mais preocupam os produtores de soja. Os primeiros sintomas aparecem perto do período de floração, em forma de pequenas manchas cinzas nas superfícies inferiores das folhas e ao longo das nervuras.
Mais tarde, essas manchas aumentam de tamanho e número e unem-se, tornando-se castanho-avermelhadas ou pretas, frequentemente circundadas por uma auréola amarelada.
Nessa fase, elas aparecem nos dois lados da folha, nos pecíolos e, às vezes, nas hastes. Com o avanço da doença, ficam cobertas por pústulas fúngicas salientes, marrom-claras, visíveis a olho nu.
Ciclo da doença: De uma infecção inicial, estima-se que uma primeira geração de pústulas pode manter a esporulação por até 15 semanas, mesmo sob condições de baixa umidade. Os esporos são disseminados pelo vento, podendo viajar grandes distâncias.
Por serem sensíveis à radiação ultravioleta, provavelmente essas viagens ocorrem em sistemas de tempestade onde as nuvens protegem os esporos do sol.
O sucesso da infecção é dependente da disponibilidade de molhamento na superfície da folha. Pelo menos 6 horas de água livre parecem ser necessárias para promover a infecção. Após a infecção, as primeiras pústulas com uredósporos maduros surgem de 7 a 8 dias. A contaminação começa nas partes mais baixas da planta, e depois se move para cima.
No manejo integrado, vários métodos de controle são implementados, visando reduzir doenças e pragas nas áreas agrícolas. Nesse sistema, podemos listar um conjunto de estratégias importantes no manejo desses patógenos, como:
Em relação ao manejo biológico para o controle dessas doenças, pode-se mencionar o uso de defensivos biológicos com alta tecnologia de formulação, como o multissítio biológico Bio-imune, à base de Bacillus subtilis, com registro como fungicida e bactericida. Dentre os principais mecanismos de ação da tecnologia, pode-se destacar:
O manejo de doenças foliares na cultura da soja com Bio-Imune deve ser iniciado de forma preventiva, já que muitos patógenos causadores das doenças sobrevivem na palhada/restos culturais.
Desta forma, é possível verificar a presença de inóculo na lavoura desde a emergência da cultura. Confira o depoimento do Prof. Dr. Sérgio Mazaro, Fitopatologista da UTFPR, sobre a aplicação de defensivos biológicos no manejo preventivo de doenças na soja:
Outro aspecto importante das aplicações antecipadas de biodefensivos é a chance de conseguir uma maior deposição de gotas no dossel inferior. A efetividade dos biofungicidas é bastante dependente da chegada de doses letais do ingrediente ativo nos tecidos. Portanto, o início assertivo das aplicações, aliado a intervalos indicados entre aplicações, são fatores decisivos para um controle eficiente de doenças foliares na soja.
Resultados:
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