Autor: Adriano Jeferson de Andrade
O solo é um ambiente dinâmico e, muitas vezes, complexo de ser interpretado. Ele é o habitat de diversos micro e macrorganismos como insetos, bactérias, fungos, vírus, nematoides, protozoários e minhocas. Esses seres têm, por sua vez, papel fundamental para a vida do solo, e atuam na transformação da matéria orgânica, ciclagem de nutrientes, solubilização de fósforo, entre outros processos metabólicos.
Porém, muitas vezes, negligenciamos e não damos a devida importância para os patógenos do solo, principalmente em relação às doenças que estes podem causar.
As doenças de solo afetam o sistema radicular da planta, restringem a absorção de água e nutrientes e afetam o tecido vegetal (como as raízes), causando a diminuição das médias de produtividade e provocando sérios prejuízos para as culturas agrícolas.
Dentre os principais agentes que causam doenças e baixa na produtividade, estão fungos, bactérias e nematoides. A principal diferença entre estes organismos daqueles que causam doenças foliares é que estes podem se alimentar saprofiticamente, ou seja, de restos de plantas (matéria orgânica) em decomposição no solo.
Isso confere a esses microrganismos uma alternativa adaptativa muito importante, fazendo com que consigam sobreviver nesses solos, dificultando seu controle. Um dos problemas vistos em muitas áreas agrícolas é que subestimamos os danos causados pelos patógenos, já que os sintomas são difíceis de serem diagnosticados.
– Rhizoctonia solani (morte súbita e mela da parte aérea);
– Fusarium sp. (podridão vermelha da raiz);
– Macrophomina phseolina (podridão de carvão);
– Sclerotinea sclerotium (podridão radicular de fitóftora).
Fonte: Coagril realizou dia de campo (coagril-rs.com.br)
Fonte: Stem rot (Sclerotinia sclerotiorum) – Stock Image – C006/5681 – Science Photo Library
Esses patógenos se desenvolvem, em sua grande parte, sob condições ambientais de alta umidade, com temperaturas variando entre 15°C e 25°C, e habitam qualquer tipo de solo, podendo ser propagados por água, vento, maquinários ou até mesmo via sementes.
Existem diferentes práticas de manejo que podem auxiliar e servir de ferramentas para o produtor combater essas doenças. Como exemplo, podemos citar a utilização de sementes sadias, limpeza de maquinário, materiais genéticos resistentes e/ou tolerantes, descompactação do solo, estande e espaçamento adequados, rotação de cultura, controle biológico e controle químico.
O controle biológico, dentro das ferramentas, vem se tornando uma alternativa muito eficiente e viável, com crescente utilização no manejo preventivo e curativo de alguns tipos de doenças.
Empresas públicas e privadas estão desenvolvendo excelentes ferramentas tecnológicas para a formulação de produtos à base de fungos, bactérias e vírus para o manejo de patógenos de solo em diversas culturas agrícolas.
Para o controle de doenças de solo, a Vittia destaca o fungo benéfico Tricho-Turbo (Trichoderma asperellum BV10), que possui diversos mecanismos de ação para favorecer o controle de doenças dos patógenos do solo.
O Tricho-Turbo (Trichoderma asperellum BV10) é um fungo entomopatogênico que possui em sua formulação diversos benefícios para o controle de doenças. Pode ser utilizado no tratamento de sementes e/ou via sulco de semeadura, e também via pulverização aérea. Quando aplicado, o Tricho-Turbo (Trichoderma asperellum BV10) coloniza o solo e as raízes das plantas, fazendo com que se inicie uma cadeia de mecanismos de ação que irão promover diversos benefícios ao sistema de cultivo, incluindo: produção de fitormônios que promovem maior crescimento/ desenvolvimento das plantas; proteção de plantas por ação indireta através da indução de resistência sistêmica e ação direta pelos mecanismos de competição; antibiose e micoparasitismo de fungos fitopatogênicos de solo.
Assim, o Tricho-Turbo (Trichoderma asperellum BV10) é considerado uma alternativa viável para o combate de diversas doenças do solo, tendo em seu registro alguns dos alvos com maior importância no sistema de cultivo, como Rizoctonia solani, Fusarium oxysporum, Sclerotinea sclerotium e também o nematoide do gênero Pratylenchus brachyurus.
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