Autor: Jean Fausto de Carvalho Paulino – Coordenador de Desenvolvimento de Mercado
Por definição estabelecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa, 2021), um bioinsumo é considerado qualquer produto, processo ou tecnologia de origem biológica — animal, vegetal ou microbiana — para uso na produção, no armazenamento ou no beneficiamento em sistemas agrícolas, pecuários, florestais e aquáticos.
O mercado global de bioinsumos para agricultura, que envolve biodefensivos, inoculantes, bioestimulantes e biofertilizantes, foi estimado em US$9,9 bilhões em 2020, sendo US$5,2 bilhões representados por biodefensivos (IHS Markit, 2021). A expectativa é que, até 2027, o mercado mundial de bioinsumos continue em alta de crescimento, superando US$ 3 bilhões para bioestimulantes e US$ 10 bilhões para biodefensivos (Figura 1).
A utilização de bioinsumos vem crescendo no Brasil e no mundo devido a fatores relacionados a questões regulatórias, de mercado e de manejo das culturas.
Para ser comercializado no Brasil, um biodefensivo precisa ser avaliado por três órgãos independentes: o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), para a eficácia agronômica, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (IBAMA), para os riscos ao meio ambiente, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), para os riscos à saúde. O produto só é registrado se obtiver a aprovação dos três órgãos.
O número de produtos biológicos de controle registrados tem avançado consideravelmente. Um total de 502 produtos com registro ativo foi contabilizado até março de 2022, com destaque para os registros de bioinseticidas, que correspondem cerca da metade dos registros ativos no Brasil (Figura 2).
Em relação ao mercado brasileiro, dados da Spark (2021) mostram que o mercado nacional em 2021 foi de R$ 1,3 bilhão para defensivos biológicos e de R$ 393 milhões para inoculantes, representando um crescimento significativo comparado aos anos anteriores (Figura 3).
Segundo a IHS Markit (2021), o mercado de produtos biológicos de controle no Brasil cresceu a uma taxa anual de 42%. A projeção é que em 2030 este setor alcance R$ 16,9 bilhões, considerando uma taxa de crescimento acumulada CAGR de 35% até 2025 e de 25% até 2030 (Figura 4).
Para atender a essa demanda, a estrutura física da Vittia é composta pela maior planta de biodefensivos microbiológicos da América Latina, localizada em São Joaquim da Barra/SP. A planta possui capacidade instalada anual de 3,5 milhões de quilos/, litros por ano, com projeto para atingir 9 milhões de quilos/litros por ano (Figura 5).
A Vittia está há mais de 50 anos investindo em Inovação para a agricultura por meio de tecnologias e soluções sustentáveis. De acordo com o Relatório de Sustentabilidade de 2021, foram investidos R$ 16,4 milhões em P&DI, 34,5% a mais que o ano anterior, representando 2,1% da receita líquida da companhia.
Conheça um pouco do nosso centro de P&DI da Vittia:
Referências:
DUNHAM TRIMMER. State of the Biological Products Industry Discussion. BPIA 2021 Annual Meeting, 2021. Disponível em: https://www.bpia. org/2021-participants/videos/. Acesso em: 28 maio 2021.
IHS MARKIT. Annual New Product Introductions: Biological vs Conventional. Disponível em: https://ihsmarkit.com/research-analysis/biologicalsinnovation.html. Acesso em: setembro de 2021.
MAPA. Agrofit: consulta aberta. 2022. Disponível em: . Acesso em: 10 jan. 2022.
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